GALÁCIA

GALÁCIA


José Carlos Barroso



Sempre me encantou a
vida de Paulo, então parti para a Galácia , era minha primeira viagem depois da libertinagem.

Ouvi os capítulos, e no quinto meditei os versículos. caminhei do dezesseis, e cheguei ao vinte e seis.

Peregrinei em Filipo, d
o um ao quatro, mas se a Galácia foi salvação, em Filipo um, encontrei a redenção.

No versículo vinte e um me aprofundei fui a frente ajoelhei no “Viver é Cristo Morrer é lucro”.



sábado, 17 de dezembro de 2011

A MUDANÇA DE NOME: SÃO JOÃO BURACOCENO




Por Jocarlosbarroso



Confesso que temos por aqui uma plêiade de sectários do humorismo, sendo a ironia inerente, e não um complemento subjetivo.
Parece que nossa gente, apresenta genes nos cromossomos que determinam essa característica hilariante
Em São João pode-se até perder a amizade, mas a piada jamais! 
E esses geniais indivíduos têm se multiplicado na medida em que outros os dão motivos suficientes, e isso é fato incontroverso.
Pois bem, neste sábado lançaram em um dos jornais da cidade, uma chamada muito interessante, que bastaram as fotos, para dizerem tudo, afinal há imagens que valem mais do que mil palavras.
Ei-la: SÃO JOÃO BURACOCENO
Porém eu não me contentei e sugeri que talvez fosse melhor que uma lei fosse apresentada na Câmara Municipal trocando-se o nome da cidade para SÃO JOÃO BURACOCENO, por ser mais sugestivo, já que o imensurável números deles faz com que essa possível troca de nomes nos leve a um conhecimento maior.
E foi aí então que surgiu outra idéia! Que tal junto a aprovação da lei viesse ainda o lançamento de uma peça teatral intitulada “SÃO JOÃO DO BURACO...EM...CENA!”
Não precisamos falar que o “TATU” seria personagem certa. Outro personagem e com papel principal teríamos o Senhor “RATÃO”, e no papel principal feminino contracenando com o “RATÃO” a RATAZANA MÃE e compondo e a família, o “RATINHO CHAROPINHO” e o “TOPO GIGIO”. Com participação especial do “MICKEY MOUSE”, e do “JERRY” sem o Tom, naturalmente, e compondo o elenco alguns “FUROES” e as “CAPIVARAS” entre “PACAS” e beijos.
A chamada para a grande estréia seria assim:

A MUDANÇA FINALMENTE CHEGOU!
Ao fundo o samba do Dicró intitulado O POLITICO:
Mais ao menos assim: Dei cimento, dei tijolo, dei areia e vergalhão, subi morro, fui à favela, carreguei neném chorão, dei cachaça e tira gosto e, dinheiro de montão....  

A GRANDE PROMESSA DE MUDANÇA, DEPOIS DE TANTOS ANOS, ACABA DE CHEGAR A SÃO JOÃO NEPOMUCENO.

PARTICIPEM DESSE MOMENTO, VENHAM ASSISTIR A GRANDE MUDANÇA DE NOME DE SÃO JOÃO, E PARA VOCÊ ENTENDER BEM O QUE ESTÁ A ACONTECER ASSISTA A PEÇA NO CINE TEATRO BRASIL. NÃO PERCAM VENHAM RIR DE MONTÃO!

VEM AÍ...VEM AÍ, SÃO JOÃO DO BURACO...EM CENA!

E meus prezados atentem para os personagens, vejam do que são capazes, e para que fiquem bem informados alguns dos artistas já foram escolhidos e já estão de posse do script, e você facilmente reconhecerá cada um deles.  

AGUARDEM....AGUARDEM!!    

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

CONTINUIDADE, OU UM MUNDO LEVADO A SÉRIO?



Por Jocarlosbarroso


A seqüência, e o desenvolvimento contínuo, mesmo que incoerente de uma idéia pode fazer parte do desejo incontido dos que não vêem a verdade, ou pode estereotipar a ausência absoluta de discrepância.
Se há erros sucessivos, e não há meio de consertá-los em razão do tempo, e da incompetência é chegada à hora da radical mudança, porém há de se observar e alertar para o estabelecimento de uma mudança séria, até porque o que estamos assistimos de alguns anos para cá é uma mudança de brinquedo, tremendamente desastrosa, e assim o foi, e é pelo emprego do discurso mendaz.
Nunca se mentiu tanto, nunca tanto se caçoou, afinal nunca existiu compromisso algum com a verdade. A prioridade sempre foi a lorota, e ela vem sendo contada dia a dia pela mídia local que inocente, ou de forma proposital vem se dando a prestar esse papel, enquanto o povo vai sendo espoliado.
É preciso que a verdade seja dita. Quando vierem calçar a sua rua ou asfalta-la, receba o beneficio, mas lembrem-se das amarguras que alguém viveu pela privação do seu direito, amassando barro, ou comendo poeira, tendo que conviver com o bicho de pé, com os carrapatos e as pulgas.
Quando soltarem os foguetes por algum aparelho (raios-X) encaixotado há um ano, lembre-se que alguém dele precisou um dia e, que esperavam a hora oportuna para os soltarem. Aqui se lê esperavam o tempo de novas eleições.
Quando aos ouvidos lhe soarem os absurdos lembrem bem de outros, como o dispositivo que ia ser colocado nos postes para economia de energia, ou daquele um milhão prometido em palanque eleitoreiro, e que nunca apareceu.
António Aleixo com apropriada sapiência nos convida a meditar em citação abaixo
Vós que lá do vosso império prometeis um mundo novo, calai-vos, que pode o povo querer um mundo novo a sério”.
A frase é pertinente e, cai como luva no momento que estamos vivendo, e não podemos dizer que seja como um alerta, mas sim como uma certeza de que uma nova situação vem surgindo em cada canto.
Cabe-nos, e a todos, que indignados estão arregaçarem as mangas, e partamos em luta perene, porque O perene murmúrio traz docemente o choro da cascata.
Talvez possam até terem tentado, mas a continuidade das tentativas nos mostrou uma seqüencial de erros inadmissíveis e, é essa continuidade que haveremos de combater doravante, até porque está atrelada a robustas mentiras.   
O buraco não pode perpetuar como indicativo popular de uma cidade, tal como aconteceu com a rua – RUA DO BURACO (A RUA COMENDADOR JOÃO MEDINA).


terça-feira, 6 de dezembro de 2011

BOM GOSTO ...MAU GOSTO, E DESGOSTO!



Por Jocarlosbarroso


Há sempre alguém por aí julgando valores estéticos segundo critérios subjetivos, sem estarem presos a normas preestabelecidas, sendo bom lembrar que direito lhes assiste.
Há pessoas até com gosto requintado, porém temos reparado, que o gosto anda minguado, representado pela falta de gosto, que tem avançado, e conquistado espaços impensados, que jamais em tempo algum alguém imaginou, que fossem paraísos destinados a procriação de aberrações, e assim pudessem ultrapassar limites.
E é justamente essa ausência de gosto, ou presença de mau gosto, que nos tem levado ao desgosto.
Desgosto não com significado de ausência, mas traduzindo um estado de descontentamento, de aversão, de repugnância mesmo.
É nesse aspecto que no dia de hoje o mau gosto me chamou a atenção, quando fiquei a frente da primeira ornamentação NATALICARNAVALESCA do calçadão da Rua Coronel José Dutra. 
Que coisa horrorosa! Custa-me acreditar na sua existência e, confesso que estou vivendo esse confronto do que é bom ou excelente, como o péssimo. E fiquem sabendo, que para se chegar ao péssimo e horrendo é bem mais fácil, pois basta apenas que nos assentemos numa cadeira e passemos a ordenar sem critérios.
Será que esta é a atual produção cultural? Se for muito eu lastimo, pois à produção cultural exige muito, e o que vemos é a sua banalização, já que está resumida no emprego de material metalizado ultrapassado, colocados pelas marquises e postes.
O outro absurdo alcança o topo da Rua Coronel José Dutra e termina de forma horripilante, pois fere um dos nossos cartões postais.
Se você ainda não reparou, observe do calçadão o alto do morro da igrejinha de São José, e veja o crime cometido contra o patrimônio cultural.
Onde está o Conselho do Patrimônio Cultural? Pensei que existia! Ah! Mas onde está a empresa de consultoria contratada para esse fim? Será que depois do insucesso da aventura do tombamento em massa, empreendido no entorno da Matriz resolveram partir?
É um crime contra o patrimonio cultural essa absurda construção ao lado da igreja de São José, um ataque atômico a uma arquitetura de quase cem anos, atingida por um galpão metálico, de um mau gosto assombroso, cuja aba lateral ultrapassa limites, e chega ao absurdo de interromper a visão integral desse cartão postal de cidadezinha do interior mineiro onde a igrejinha é o centro das atenções.
Mais uma vez custo a acreditar no que vi. Eu queria tanto não falar nada! Mas o que posso fazer se eu sou provocado? É um absurdo! E absurdo é que não falta!
ASSIM O BOM GOSTO PASSOU LONGE, CORREU LÉGUAS, E CHEGOU SÓ O MAU GOSTO, E COM ELE O DESGOSTO!


domingo, 4 de dezembro de 2011

O PINÓQUIO CHEGOU! NÃO! OUTRA VEZ NÃO...


Por Jocarlosbarroso

Eu li outro dia num de nossos jornais, que está para chegar a nossa cidade uma carreta enorme contendo muito dinheiro. Isso, dinheiro vivinho mesmo, cerca de seis milhões de reais, é eu somei direitinho, e é isso mesmo.
A principio fiquei pasmo, imaginando o prestigio dessa comissão "SÃOJOANENSE" junto aos tantos deputados procurados, (ALIÁS MUITOS DELES ESTÃO SENDO PROCURADOS),depois fiquei aflito e ansioso pela chegada desse dinheiro! Minha nossa, é muito dinheiro de uma só vez.
Mas minha euforia durou pouco, pois depois cai na real, e comecei a me lembrar, pois parece que é o mesmo filme, que eu vi há uns oito anos atrás.
Esse dinheiro deve ser tipo aquele, que anunciaram tempos atrás em um palanque eleitoreiro, véspera do dia da eleição, lá pelas bandas da estação. Na época era um milhão, um dinheirão, que terminou não vindo e nós, pobres mortais, continuamos com o milhinho mesmo. 
Então vamos com cautela, pois essa gente tem mania de grandeza!
E começamos a imaginar: Talvez essa carreta esteja chegando trazendo uma equipe de eletricistas para colocarem nos postes o tal dispositivo para economia de energia  elétrica, anunciada também em panfletos eleitoreiros.
Talvez essa carreta também esteja transportando o dinheiro para o novo parque de exposições, o complexo cultural no espaço da rodoviária, onde ainda seria construído um anfiteatro, com cento e cinqüenta lugares, ou os quiosques para os novos espaços públicos de alimentação de nossa cidade, que seriam construídos para abrigar, Mc Donalds, Habibis, Bobs, e outros, que foi comentado pelo povo, e outras coisas mais, que agora me fogem da memória.
Em nome da modernidade e da beleza arquitetônica retiram os trailer e pronto. È até um deles foi jogado fora sem a mínima explicação, apenas pela manutenção  de suas arrogâncias.
PREZADOS LEITORES ISSO TUDO É BALELA, É BLÁ... BLÁ... BLÁ DE POLITICO
É papo que antecede as eleições, mentira da grossa, não acreditem mais nessas estórias da carochinha.
E por falar em mentira, o bonequinho do vovô Gepeto, falou tanta mentira, que o seu nariz cresceu, e cresceu tanto, que virou uma árvore.
GENTE, GENTE, eu estou avisando, tem muito PINÓQUIO pela área, vocês não estão vendo, pensem um pouco, eu até entendo que está chegando o Papai Noel, com o seu saco de presentes, mas daí a acreditar que o neném vai chegar no bico da cegonha é demais!
E foi aí que eu encontrei as razões para a construção de um certo castelo, daqueles que eu só via nos livros infantis, tipo CINDERELA, que na verdade era e é um tipo de afronta aos pequeninos vassalos, que naquela época e nesta gostariam de estar presenteando a sua família, com alguma lembrancinha.
Isto parece enredo de filme épico, da idade média, do tempo das cruzadas onde o cavaleiro combatia seus inimigos com armaduras de ferro, e depois entrava nos seus castelos de pontes elevadas.  
E como eu conheço muito bem esse tipo de gente, isso não vai parar tão cedo. A tendência dessas mentiras e mentirinhas são permanecerem, para que enganando por mais um ano, possam vislumbrar o poder.mais uma vez. Salvo engano irão até as próximas eleições.
A propósito encontrei hoje, com um amigo, que longe a algum tempo de São João, nada mais que seis meses me disse com ar alvissareiro:
-Zé quanto progresso, São João é um canteiro de obras é buraco pra todo lado! O que estão construindo ali perto do posto São Cristóvão? Que buraco enorme!
Bem meu caro ali talvez venha a ser a nossa primeira estação de metrô, não espante com nada, pois ali atrás da fábrica de tecidos terá uma outra, demorou muito pra começarem, mas está indo de vento em polpa, tipo corrida de tartaruga.
No Bairro São Sebastião nós teremos outra, pois estão aproveitando os barrancos que caem para construírem as estações de metrô, coisa de economia, você entende, não entende?
Eu lhe falei ainda das verbas que estão para chegar. E o meu amigo logo me contou um caso que se passou aqui em São João.
Disse ele, que numa ocasião Tancredo Neves em uma de suas visitas a São João prometeu a dois senhores uma verba significativa para melhoramentos no Botafogo FC.
Esses dois senhores rumaram para Belo Horizonte e, por varias estiveram com um secretario de Tancredo até que um deles retornou a São João e o outro ficou, ficou e não deixou de ir ao encontro do secretario um dia sequer, até que com pena desse senhor o secretário resolveu dizer o seguinte: Eu estou vendo o senhor todos os dias aqui, e nada, então vai por mim, fale com o Dr. Tancredo para trocar o s pelo z, desse AUTORISADO aqui, porque autorisado com "s" é para não arrumar a verba, e autorizado com "z" é para arrumar.  
ENTÃO VAMOS ESPERAR PRA VER, ESTAMOS ACHANDO QUE ESSES MILHÕES FORAM AUTORIZADOS COM O “S” NÃO COM O “Z”.

 

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

BARRIGUDO...BARRIGUDINHO...LAMBARI DE ENXURRADA


Por Jocarlosbarroso


Consultando o novo léxico Aurélio, o que vem a ser um barrigudo, acabamos por vir saber, que é aquele que tem a barriga grande, volumosa.
Já o seu diminutivo barrigudinho, embora traga um sentido natural de afetividade ,ou um traço até eufêmico, por vezes seu emprego pode ser também irônico.
Bem, mas barrigudinho, são pequenos peixes de cabeça achatada e escamosa, boca protátil, linha lateral não distinta e nadadeiras ventrais pequenas ou ausentes. Há várias espécies vivíparas; habitam em águas doces e estuários dos grandes rios. 
Porém em nossa pesquisa fomos em busca do significado do lambari de enxurrada e, sinceramente não encontramos algo nada técnico, daí então recorremos ao nosso dicionário do tempo de criança para designar esse peixinho, sim peixinho porque não me lembro de ter visto um maior de dois centímetros.
Esse tipo de peixe em nosso tempo de criança era justamente um nome mais bonito para darmos a esse tipo de peixe, já que tecnicamente falando é ele o barrigudinho, certamente uma palavra usada por eufemismo.
Apanha-los era uma de nossas diversões preferidas pelos córregos, que cortam São João, coisa de menino do interior, pega-los nos córregos, como o “stiduuuum” nome vulgar do córrego São João.
Voltando ao nosso estudo sobre a designação de peixes acabamos por descobrir o significado de outro peixe, o baiacu, que por momentos fica  bem barrigudo, pois possui uma propriedade interessante, ou seja, de poder inflar a barriga, quando fora da água, ou para boiar , e fugir à perseguição dos inimigos, podendo ainda designar um indivíduo gordo e baixo.
A natureza é prodigiosa, minha gente, e nos revela coisas interessantes como essa do baiacu, que infla  a  barriga para fugir da perseguição do inimigo, mas fazendo uma analogia com os homens, talvez possamos dizer também que há alguns deles que tal como o baiacu inflam a barriga, por se julgarem superiores e poderosos, são soberbos pela própria natureza.
Mas se a natureza é admirável, não menos o é a perspicácia da criança, que com a sua dissimulada ingenuidade pode oferecer e traduzir significados e personalidades próprias de algumas pessoas, que pouco ou nada representam.
Assim é interessante o raciocínio por analogia, que as crianças fazem, achando um ponto de semelhança entre coisas diferentes, uma similitude, como essa dos peixes, fazendo com que o barrigudinho seja nada mais, nada menos do que o lambari de enxurrada.
A criançada dá ao barrigudinho, esse peixinho que na verdade só serve para manter  o equilíbrio da cadeia alimentar de peixes maiores. esse apelido de lambari de enxurrada, como forma eufêmica de enaltecê-lo, e de torná-lo simpático. 
Porém meus caros, essa denominação traz em seu bojo a malícia, associada a intenção satírica do homem, que altera seu nome, mas com significado intrínseco, e por vezes de forma pejorativa, quando desdenhando, passa a se referir ao homem que nada faz, nada de importante, e de bom construiu, aquele que não se sabe de onde veio, e para que veio,  e que verdadeiramente não passa de um reles peixinho, sem importância alguma, que virou baiacu, inflando e fugindo de seus inimigos em outras plagas.
Quero ao encerrar dizer, me desculpem, porque não sou um especialista em peixes, muito menos biólogo juramentado, ou coisa parecida, apenas gosto de estudar o significado das palavras, que ouço, e que podem significar muito mais do que você imagina.
Enfim se ao ler esta crônica você identificar qualquer desses peixes, e se notar alguma semelhança com alguma pessoa conhecida, só podemos dizer, que qualquer semelhança é apenas uma mera coincidência!  
Eu como um barrigudo, e outros como eu conheçemos alguns barrigudinhos, e que para torná-los mais simpáticos, os chamamos de lambaris de enxurrada, mas também conheçemos alguns baiacus, que coincidentemente são os mesmos barrigudinhos e lambaris de enxurrada.



segunda-feira, 28 de novembro de 2011

MAIS UMA VEZ VOCÊ NÃO FOI! MAIS UMA VEZ VOCÊ PERDEU!


Por jocarlosbarroso



Dia 26 de novembro de 2011, mais uma vez você não foi, mais uma vez foi você que perdeu, porque não viveu intensamente esse dia, e sim apenas o ruminou como opróbrio.
Por que insistes e, tanto relutas em não elevar seu conhecimento acerca da literatura, da história, da musica, da pintura, do teatro, das ciências e de tantos outros campos, distinguidos, e que estão a sua inteira disposição?
Porque essa preferência incomum pelo banal, e pela vulgaridade? Onde a mulher “melancia”, a samambaia, a moranguinho, a jaca, e toda essa salada de frutas insípidas, e vulgares, é decorada pela flora do despudor e que juntas tomaram lugar comum? Será que o prosaico e o limitado lhe soam mais aos ouvidos, e isso é o que mais encanta seus olhos?
Outro dia em desabafo emocionado em uma reunião solene da Academia São-joanense de Letras Artes e Ciências – ASLAC denunciamos o desinteresse do povo em participar, prestigiar essa instituição cultural, fundada em 28 de fevereiro de 2011, nascida com a finalidade precípua da promoção cultural nesta cidade, que infelizmente foge léguas da cultura, preferindo o culto às banalidades, as boçalidades, e afins, valendo dizer que é a “curtura” propagada que tem sido prestigiada, o que é um absurdo.
De nossas lideranças institucionais educativas, de classe, associativas, desportivas, de comunicação, religiosas, filantrópicas, de segurança, e de justiça, sinceramente esperávamos mais, mas mais ainda esperávamos do poder público, executivo e legislativo, sim, pois são eles que nos representam, e como temos sido mal representados!
Sim, são todos, com raríssimas exceções, como o vereador Rodrigo Barbosa Ribeiro, que tem nos prestigiado com a sua presença, demonstrando compromisso, educação e distinção, adjetivos que andam faltando àqueles que só dizem aos quatro cantos que representam o povo. Para ser franco, e isto faço questão, vocês não me representam, pois sem querer ser mais, vocês passam longe das virtudes.
E é assim meus caros, que a cultura vai de mal a pior. É a pior possível, e só se salva pelos isolados grupos que agem a contragosto de muitos, sem apoio algum, vivendo do pouco do nada. Que absurdo! Quanta negligencia, e parcimônia despropositada.
Agora um dado absurdo: Vocês sabiam que mais de sessenta pessoas são convidadas todos os meses para as solenidades de posse dos membros da Academia, e nenhum deles compareceram. Já foram realizadas cinco posses, para conhecimento de todos.
Fica aqui um recado. Não pensem que estão desprestigiando aos outros de quem talvez não guardem o menor resquício que seja de simpatia. Ledo engano. Você está desprestigiando a si próprio, num ato insano e desrespeitoso com sua inteligência, já que prefere prestigiar o que é mesquinho, mísero, insignificante, ridículo, medíocre. Muitos até se julgam idiotas, o que temos infelizmente que concordar.
Coitado desses ausentes, pois se ausentes como poderão conhecer o que é nobre de bons princípios, e tudo o que efetivamente é bom?
É preciso que a verdade lhes venha a mente de que o passado não pode ser encoberto com tecido não tecido, ou com esse presente cultural que não deixa rastro de dignidade, de sabedoria e tenacidade.
Naturalmente deves estar pensando o que efetivamente perdeu, mas eu lhes digo. Você perdeu estar conhecendo MARIA DA GLÓRIA DE LIMA TORRES, AYMAR DE MENDONÇA LOPES, OROZIMBO FAJARDO ROCHA, CARLOS ROCHA, NILO CAMILO AYUPE, UBI BARROSO SILVA, CLAUDIO TEMPONI, GEORGE HEUGERBART, EDUARDO, SODRE, SEBASTIÃO ITABORAHY SOBRINHO, GABRIEL ARCHANJO DE MENDONÇA, LAURETO ALVES DO NASCIMENTO, e talvez não venha conhecer também MARIO ROBERTO LOBUGLIO ZAGARI. Todos estes, meus prezados ausentes, ajudaram a soerguer este Município, o Estado de Minas Gerais e o nosso Brasil, com trabalho e exemplos.
É pena que você não pode conhece-los!
Mas não se inquiete, naão te espantes, e nem tema, pois você terá outras oportunidades, se é que é esse o seu desejo de agora em diante. Porém se não for, fazer o que!?  

sábado, 19 de novembro de 2011

A INTELIGENCIA DO CHAPÉU


Por  Jocarlosbarroso


Existem pessoas cuja cabeça só serve mesmo é para separar as orelhas, outros dizem que servem como canteiro de cabelo, tudo porque a inteligência passou bem longe delas, já que essas pessoas não têm a mínima preocupação, com o que falam, e fazem.
Bem pensei que tudo isso não passasse de piada, porém um amigo me disse, que tudo isso é verdade mesmo, e então me contou que conhece uma dessas pessoas, e que o seu conhecido certa vez foi convidado para assumir um cargo importante em uma cidade do interior, cargo do qual era para conhecer bem, já que todos imaginavam que bem conhecia, pois possuía formação acadêmica para tal.
Mas que nada o cara não sabia absolutamente nada do cargo que assumiu e, pior ainda passou a andar com outro que menos ainda do assunto conhecia.
Bem mas aí o cara pensou que se comprasse um chapéu e dele fizesse uso, tudo poderia ser diferente, foi quando então incorporou a “inteligência do chapéu”, passando o chapéu a ser parte integrante de seu figurino.
Na verdade minha gente era uma marmota o tal “chapeuzinho inteligente”, e o cara não o tirava de jeito nenhum da cabeça, talvez acreditando mesmo que por estar perto da cabeça e até sobre ela poderia assimilar inteligência e, conhecimentos sobre o ramo da engenharia civil, ou quem sabe por osmose pudesse adquiri-los!
Até que um dia esse amigo não agüentando mais, acabou rasgando o verbo, dizendo ao homenzinho de chapéu:

 

Quer saber duma coisa seu bo....   acabo de descobrir que a cabeça de certas pessoas além de servirem para separarem as orelhas, e de canteiro de cabelo, servem ainda para colocar chapéu.
O pior é que o cara não entendeu nadinha, e acabou de confirmar o seu conhecimento e inteligência, quando disse: É mesmo.!!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

UM VERDADEIRO "CALÇADÃO"


Por Jocarlosbarroso

Sobre o calçadão da Rua Coronel José Dutra até já manifestamos nossa opinião, porém, estávamos esperando no que iria dar aquele desenho pueril sem perspectiva alguma, revelador do simplismo, que nos foi apresentado, não obstante as outras versões já construídas terem sido péssimas e, de um tremendo e infinito mau gosto.
Aliás, o aspecto arquitetônico de nossa cidade, tão falado e perseguido pela atual administração, se era ruim, de tempos para cá tem piorado consideravelmente, já que os prédios de outrora, com raríssimas exceções, tem cedido lugar na verdade a uma enxurrada de caixas de fósforos, com algumas janelas e portas.
Contudo não procuremos os culpados, pois iremos nos perder neste emaranhado de responsáveis, e isso não passa de causa sem causa, já que muitos são eles, inclusive nós todos, temos a nossa parcela de culpa por permitir passivelmente esses abusos.
As construções do fim do século IXX e, inicio do século XX, aparecem hoje com certa raridade, pois o tombamento literal já vem sendo praticado a muito, cedendo os seus espaços, com raras exceções ás construções horrendas, com emprego de materiais já ultrapassados, na verdade isso quer nos parecer que é a exigência do mercado imobiliário local, e atual, na busca do lucro a qualquer custo.
Será que não dá para se empregar a criatividade e usar a velha receita, do bom, bonito e barato?
Confesso a minha ignorância por não ser do ramo, mas na mesma proporção posso garantir que não sou tão cru no quesito beleza, afinal sou confesso apreciador do belo e, não defensor da frase: “Quem ama o feio, bonito lhe parece”.
E continuando as máximas lhes apresento mais uma: “Beleza não põe mesa”. Bem mais isso é para quem não tem gosto ou se tem algum é mau gosto, e prefere empregar o dinheiro dessa forma horrenda e, sem imaginação, onde neste espaço privilegiadíssimo, como o calçadão, esses tijolinhos são assentados sem a mínima criatividade, num processo de dois mais dois, ou de um simplório feijão com arroz. 
Você não acha que poderiam aplicá-los em um desenho tipo, calçadão de Copacabana ou Ipanema, guardando as suas devidas proporções, cujos desenhos ficaram conhecidos no mundo inteiro?
Ah! E por falar em tijolinho, tem cidade aqui por perto que tem empregado os tais tijolinhos, em suas ruas e, olhe que são cidades com arrecadação bem menores do que nossa São João. “Vide” cidade de Pequeri há poucos quilômetros daqui, uma beleza, perfeito o calçamento de algumas de suas ruas!    
Mas meus prezados, se CALÇADÃO significa calçada, ou passeio extenso, e excepcionalmente largo, de belo efeito urbanístico, agora teremos que retirar o complemento desse significado lexico de belo efeito urbanístico, pois de belo não há nada, também nesse, que estão a nos apresentar e está por acabar.
Mas, nem tudo é ruim, nem tudo vai além da critica, e já nos damos por satisfeitos, primeiro porque aumentou a visibilidade, depois porque um amigo assimilou bem a nossa idéia de aproveitar o verão para alugar algumas cadeiras e colocar em frente ao seu estabelecimento e, olhe que logo surgiu a idéias também de alugar algumas sombrinhas, pois o sol já avisou, virá quente!!
Afinal este é ou não é o verdadeiro calçadão??? Com a palavra o povo, pois a minha aí está como não há remédio o que me resta é fazer o jogo do contente.
Nota dez, então para a nova quadra poliesportiva construída em pleno centro!
Ah! Eu ia me esquecendo, alo moradores das cercanias ou arredores da matriz NÃO SE ENGANEM NÃO HÁ ATO DE DESTOMBAMENTO, uma vez tombado, é para sempre, procure se informar, não acreditem em balelas politiqueiras, avisei!

sábado, 12 de novembro de 2011

UM MUNDO NOVO, MAS LEVADO A SÉRIO:




Jocarlosbarroso


Vós que lá do vosso império
prometeis um mundo novo,
calai-vos, que pode o povo
querer um mundo novo a sério.
António Aleixo


Não foi a necessidade, mas sim, o desejo incontido de notabilizar, e perpetuar os fastos da dinastia, nascida em feudo próximo, o que acabou gerando incentivos à munificência, com que se liberalizavam agrados, e recompensas a todas as pessoas, o que acabou por gerar uma vassalagem, pelas cercanias do palácio.
Eram comuns os gracejos, os tapinhas nas costas, os agrados fingidos às criancinhas desprotegidas e, mais do que necessitadas, além do sorriso maroto apenas esboçado pelo interesse, ou pela plena satisfação de se estar perto das majestades.
O dinheiro escorria pela torneira, do céu caia a patifaria, e o vento verdugo incidia incitando, com o escopo único de desviar as atenções. E conseguiram!
Era fingimento de cá e, de lá, mas em contrapartida os nomes eram sufragados, como escambo, e por qualquer quinquilharia. Era a desigualdade manifesta sem pudores, era mais ainda, era a cultura da subserviência, que se impunha de forma cadenciada, em doses homeopáticas, ou de forma sublinear.
Mas é a frase acima do poeta  português Antiônio Aleixo, que nos ensina, o povo com o tempo, com os desmandos, com a prepotência, e a sucessão de erros, parece que se cansou das promessas de um mundo novo, vez que as promessas eram falácias, e a falta de respeito, o escárnio sobrepujou até a vergonha e, não demorará, para que o povo passe a querer um mundo novo, mas um mundo novo, levado a sério, e melhor, por quem é sério.
Nunca se falou tanta mentira, nunca houve tanto deboche, nunca tanta má fé, nunca tantos enganos, e afanos, tantos milhões, e tantas perseguições, afinal estamos vivendo e sofrendo uma era imperialista.
E se algum dia pelas ruas e, esquinas, como pelos bairros a mudança foi a ordem do dia, agora também o é, e já sentimos o prenuncio dessa vontade.
Tomara que até lá não mudem de opinião certamente isso será o romper de um vulcão arrazador, e  o  enterro da felicidade e, da alegria pelas lavas e cinzas...!!!
Eu prefiro vê-los dançar sobre o vulcão (Folgar em ocasião de perigo iminente, mas oculto).. Até breve.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O ELEFANTE A COBRA E OUTROS BICHOS



Por Jocarlosbarroso

Outro dia ouvi de um amigo uma historinha muito boa e interessante.
Bem aqui vai ela:
Certa vez em uma escola a professora marcou para seus alunos, que estudassem alguns bichos porque iriam fazer uma dissertação sobre um deles, e deu-lhes uma lista de cem bichos.
Pois bem, um dos alunos, o Manoelzinho, achando a lista de cem bichos enorme resolveu apenas estudar um deles, e escolheu a cobra.
No outro dia Manoelzinho foi para a escola, e se preparou para dissertar o seu bicho, quando a professora disse: Vocês irão dissertar o elefante.
Manoelzinho então logo pensou: e agora? Caiu outro bicho, cara! Mas já que não havia outro jeito, logo deu  jeito de começar a sua dissertação.
E escreveu:
O Elefante é um animal bem grande, grande mesmo e, ainda tem uma tromba também muito grande, uma orelha enorme, na verdade é um orelhaão, mas o rabinho do elefante é pequenininho, pequenininho e ainda fino, fino e parecido com a cobra.....E foi aí que ele chegou até ao seu bicho, a cobra, passando a descreve-la. Afinal era o único bicho que Manoelzinho havia estudado.

Pois é, tem muita gente assim, tem muito Manoelzinho andando por aí. Quando conhece algo, despista entre linhas e descreve o que aprendeu, ou ouviu dizer.
Mas esses Manoelzinhos podem estar cometendo, grandes equívocos por não saberem de que estão falando, e às vezes falam demais, e de quem e do que não conhecem e aí a VACA vai pro brejo!!!
Bem mas aí é oura historia, e o bicho é outro!     
Um aviso aos Manoelzinhos; isso pode dar ZEBRA, pois aquele de quem se fala sem saber pode virar um LEÃO, que também é um outro bicho, e isto já é uma outra história, que depois contaremos.

Se por ventura você conhece algum Manoelzinho por aí, ou já agiu como um, cuidado, muito cuidado mesmo porque o bicho pode pegar!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

DINHEIRO PELO RALO

Por Jocarlosbarroso

A mais nova revitalização do calçadão da Coronel José Dutra teve seu inicio no sábado próximo passado, onde possantes máquinas arrancaram em pouco tempo aqueles despropositados monstrengos, misto de banco e jardim, que na verdade não eram nem um nem outro, apenas um troço de péssimo gosto.

Verdadeiramente era um desenho pesado, cheio de triângulos em meio a um retângulo, sem critérios e razões, que ocupava grande extensão de uma grande área.

O pior de tudo foi à truculência, com que as coisas aconteceram e continuam a acontecer, tudo num clima áspero e de demonstração de força e poder imperialista, onde o povo assiste bem a frente de seu nariz à continuada destruição do que estava construído e nada justificava destruir.

Aliás, estamos vivendo a gestão da construção de obras já construídas o que é verdadeiramente um tremendo absurdo, o que equivale a realizações de um “governo participativo”, onde o povo não é ouvido, não merece atenção e só é enxergado por ocasião das eleições.

A Rua Coronel José Dutra há tempos vem merecendo um projeto arquitetônico de revitalização digno de uma artéria principal, porém o que temos visto desde a criação daquele espaço são propostas e realizações rudimentares, feitas à mão e a bico de pena, e construídas a enxada e enxó.

Primeiro nos apresentaram um calçadão inexpressivo, ornado de iluminarias “natalinas” de péssimo gosto, mas salvas pelo calçamento de pedras portuguesas, depois nos brindaram com aqueles jardins suspensos, repletos de pedras, iluminadas por postes estilo inicio do século passado, que não se coadunam.

Mas agora como parte de um conjunto de medidas que visam a criar nova vitalidade, ao centro da cidade, o calçadão terá outro aspecto, bem simplório, contando o projeto apenas com um piso em tijolinhos e iluminação sobre os postes já existentes e se a proposta surgiu para dar novo grau de eficiência aquele logradouro, não entendemos a que virá.

Sim quando anunciada foi à retirada dos “mostrengos” imaginamos que viria algo profissional, mas a se seguir aquele projeto, que vimos circulando, sem perspectiva alguma, leva-nos a acreditar que foi resultado de um concurso de desenho de crianças de seis anos.

Mas há projetos espetaculares, outro dia vimos um projeto feito por uma são-joanense, que verdadeiramente ficamos impressionados, pela beleza, bom gosto, e profissionalismo. Mas não pensem que esse projeto será aqui aplicado, claro que não. O projeto foi premiado na cidade de Juiz de Fora, pois por aqui as coisas são feitas no joelho e em papel de pão, tal como antigamente.

Assim parabéns Lorenza Girardi você realmente merece distinção.

Enquanto isso, enquanto não há seriedade, o dinheiro rola e escore pelos “ralos”. Fazer o que?

Resta-nos cantarolar: “É isso que o povo gosta é isso que o povo quer”!!!!

sábado, 29 de outubro de 2011

OGATO SUBIU NO TELHADO

A.JaquesBMoraisFilho

Assim terminava uma anedota antiga que conheci. Mais tarde li um colunista do Jornal do Brasil (talvez Xexéo ou Tutty Vazques) usando essas expressões para tratar com certa parcimônia abordagens tensas. Hoje nas diversas repartições públicas onde tenho trabalhado usamos quando queremos dizer alguma coisa, digamos, incômoda.

Pois então não é que saindo do umbral do serviço público (sim, porque depois da experiência brasileira de “reforma do estado” imposta pelo neoliberalismo dos anos 90 todos os funcionários públicos viraram espíritos desalumiados) apareceu alguém que viu que o imperador está nu? Devo confessar que quando ouvi a história a primeira coisa que pensei foi: Ufa! Antes ele do que eu! Mas, voltemos seriamente aos fatos.

O professor da Secretaria Estadual de Educação do glorioso Estado de Minas Gerais, Cláudio Machado, recentemente na Câmara questionou um benefício que o poder público municipal concedia para alguns estudantes do nosso município que vem cursando faculdade em Juiz de Fora. Certo ou errado não é o assunto sobre o qual quero me colocar aqui. Quero falar do instrumento ao qual ele se pautou em seus questionamentos: o orçamento.

O orçamento é uma construção jurídica que deve ser passada ao Poder Legislativo pelo Poder Executivo que deve especificar todos os gastos previstos para o ano vindouro, inclusive com reservas para imprevistos. Serve para dar publicidade aos gastos públicos antes que estes aconteçam, guarda reservas para políticas públicas e manifestam quais serão os setores da sociedade beneficiados pelos atos dos poderes, onde se acumularão os investimentos e como será que o poder do povo emanará para o povo.

Pois bem, eu penso que foi dada a largada para uma nova fase na política de São João. Este já era um assunto corrente na rua e a atitude do professor, em minha opinião, foi um marco nas novas relações que firmarão entre povo e poder público. Não temos motivos para aceitar o desconhecimento dos instrumentos de gestão pública que dizem respeito ao nosso interesse. Muitas pessoas dizem que a administração cultiva a desorganização para se jactar de qualquer esmola que der à população. Eu penso o inverso. Eu acho que qualquer pessoa que saiba que existem mecanismos de controle do gasto público e não os use está prevaricando. Muitas pessoas vêm se organizando para este fim. Há uma mobilização em torno de uma ONG que está sendo estruturada em São João onde já se podem trocar ideias sobre o assunto e, conterrâneos não deixem o professor sozinho. Certa ou errada a atitude por si só é louvável. Todo gasto deve ser previsto e discutido arduamente.

Este fato me fez lembrar uma entrevista do de um deputado do PSDB-MG que tem reduto eleitoral na cidade se referindo ao candidato da oposição ao Governo de Minas: “Não faço política com quem não tem programa. Abaixo os compradores de voto”. Bonito deputado. É isto que queremos. Programa, planejamento, publicidade aos atos públicos. Se for verdade que o cavaco não cai longe do pau seus seguidores não terão a menor dificuldade em fazer justiça às palavras do seu mentor. Mas pra ter certeza a população de São João Nepomuceno vai tomar conta dos gastos públicos e se organizar em torno do que pode construir este capital social, qual seja, a vigilância do erário público.

Parabéns professor. Se alguém pensa que o senhor errou o alvo eu garanto que não errou no método. Estamos juntos. A Solidariedade não morreu. E não morreu para ninguém. Os estudantes supostamente prejudicados que não se enganem porque ninguém tem gosto em impedir que qualquer pessoa estude. O que está em questão é um problema legalista.

Outro dia uma mãe se mostrou com sentimentos de injustiça. Não podemos esquecer que a justiça é uma construção abstrata do homem, que deve persegui-la todos os dias. Não há justiça feita pela criação ou como objeto da evolução solta na natureza. Acontece que para perseguir uma construção artificial idealizada temos várias outras construções mais práticas e de menor importância que se candidatam a atender às demandas da primeira, no caso a justiça. Por acaso a construção social que mais se aproxima do ideal de justiça são as nossas construções legais. Para sermos justos não podemos fugir à lei e sim melhorá-la.

Assim parece que fica evidente que o trabalho a ser feito não está nos espaços de convivência social (naturais ou virtuais) e sim nas casas onde se constroem e se aplicam as leis. E por favor, sejam rápidos porque o gato está no telhado, não deixem que ele caia! Estudo para os estudantes, reconhecimento para quem quer justiça e trabalho para os nossos representantes. É melhor que nos atendam a todos antes que o gato caia do telhado porque na minha conta já não há mais sete vidas.


*Jaques antes de ser observador critico, articulista estudioso e culto, cujo papo é desses que não se pode findar, pela ávida vontade do conhecimeno, é um amigo incomum, daqueles que fazemos questão de guardar do lado esquerdo do peito. O inteligente texto acima e o importante estudo abaixo, foram postados em nosso blog, pela nossa arrigada amizade, mas principalmente pela qualidade literaria e conhecimento incomum.


COMITÊS DE PREVENÇÃO À MORTALIDADE MATERNA E AO ÓBITO FETAL E INFANTIL

Comitês de Prevenção à Mortalidade Materna e ao Óbito Fetal e Infantil

Conceito:


Os Comitês de Prevenção de Mortalidade Materna Fetal e Infantil são organismos de natureza interinstitucional, multiprofissional, de caráter técnico-científico, sigiloso e educativo. Visam identificar todos os óbitos maternos fetais e infantis e apontar medidas de intervenção para a redução destes eventos. É um excelente instrumento para avaliação das políticas públicas e das ações de assistência à saúde materna fetal e infantil.
Comitê de Prevenção ao Óbito Fetal e Infantil

Objetivo: Elucidar as circunstâncias de ocorrência dos óbitos fetais e infantis, identificar os fatores de risco e propor medidas para melhorar a qualidade da assistência
à saúde e a redução da mortalidade nestes indivíduos.

Comitê de Prevenção à Mortalidade Materna

Obejtivo: Identificar e quantificara mulheres que foram a óbito no período entre a concepção e o primeiro ano após o parto, recomenda-se ações que possibilitem melhoria
na qualidade da assistência e investigação dos óbitos de mulheres em idade fértil.

Níveis de Competência :

Comitê Central – âmbito da SES
Comitê Microrregional – Escritórios Microrregionais
Comitê Regional – GRS
Comitê Municipal – SMS
Comitê Hospitalar -- Hospitais

Finalidades e Funções dos Comitês

Estimulo à Criação de Comitês

• Promoção de seminários regionais e municipais de sensibilização,
em articulação com a sociedade civil organizada.
• Capacitação permanente dos membros de comitês.

Investigação de Óbitos

• Realização de investigações dos óbitos maternos nas localidades
onde o setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde
não está capacitado. Ou, ainda, quando essa for a decisão local.
a) Da natureza do óbito
− Triagem dos óbitos declaradamente maternos, dos não-maternos
e dos presumíveis,e preenchimento da ficha de investigação;
− Investigação de todos os óbitos de mulheres em idade fértil para
identificação de mortes maternas não declaradas.
b) Das circunstâncias em que ocorreu o óbito
− Verificação das condições de assistência à mulher;
− Identificação das características da estrutura social (família e comunidade).

Análise do Óbito

• Avaliação dos aspectos da prevenção da morte: definição da evitabilidade
do óbito materno;
• Identificação dos fatores de evitabilidade:
a) da comunidade e da mulher;
b) profissionais;
c) institucionais;
d) sociais;
e) intersetoriais;
f) inconclusivos;
g) ignorados.

Informação

• Participação na correção das estatísticas oficiais, facilitando o fortalecimento
dos sistemas de informações;
• Divulgação de relatórios para todas instituições e órgãos competentes
que possam intervir na redução das mortes maternas.

Educação

• Promoção da discussão de casos clínicos nos comitês hospitalares;
• Promoção do debate sobre a persistência dos níveis de mortalidade
materna a partir de evidências epidemiológicas;
• Promoção do debate sobre a problemática da mortalidade materna
através da realização de eventos de prevenção, de programas de reciclagem
e de educação continuada e da produção de material educativo.

Definição de Medidas Preventivas

• Elaboração de propostas de medidas de intervenção para a redução
do óbito materno a partir do estudo de todos os casos.

Mobilização

• Promoção da interlocução entre todas as instituições pertencentes a
qualquer dos poderes públicos ou setores organizados da sociedade
civil, com a finalidade de garantir a execução das medidas apontadas.
Importância da implantação e investigação para a população.
Mortalidade Materna e Infantil é um indicador de vulnerabilidade social. O aumento das taxas indica deficiências nas condições sociais da população, ou parte dela, bem como pode sugerir fragilidade da assistência médica.

Tem influência na medida da expectativa de vida do município e alto impacto na mensuração dos anos de vida perdidos (APVP), indicador de qualidade de vida eleito como uma das prioridades do governo do Estado de Minas Gerais.

Aos municípios que apresentam altos índices deste indicador, recomenda-se melhoria na cobertura do Programa de Saúde da Família (Saúde em Casa) e seguimento das linhas guias da Rede Viva Vida, sobretudo a respeito da classificação de risco.

A macrorregião Sudeste, que tem Juiz de Fora como município sede, conta com um hospital de referência para atenção à Saúde Materno-Infantil no Hospital Universitário – Centro de Atenção à Saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora – (HU/CAS-UFJF), que está apto para receber pacientes de risco. A mortalidade na macrorregião é considerada alta, sobretudo quando se leva em conta as condições sócio-econômicas da região.

¨Freqüentemente, a indagação refere-se aos valores que representariam as taxas normal e baixa? Nos países ou regiões desenvolvidos sócio-economicamente, variam entre quatro e dez e, no máximo, 12 a 15 por mil nascidos vivos. Nas áreas subdesenvolvidas, esses valores excedem, em muito, esses números, atingindo, geralmente, níveis de oitenta a cem, no mínimo, por cem mil nascidos vivos. É de se notar que, em alguns países africanos, como Angola, Burundi, República Centro-Africana e Moçambique, podem chegar a quatrocentas, quinhentas ou mais mortes por cem mil nascidos vivos (WHO/UNICEF, 1996). No Brasil, nas décadas de 80 e 90, o valor médio estimado situa-se acima de cem e, segundo alguns, entre 150 e duzentos por cem mil nascidos vivos, embora a razão calculada com os dados provenientes dos sistemas oficiais de informação - sem correção - seja de 54,8 por cem mil nascidos vivos, em 1996 (MS, 1998), (Laurenti, Mello Jorge, Gotilieb,2000)¨. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 16, n. 1, p. 23-30, 2000.

Macrorregião Sudeste e Mortalidade Infantil

A título de informação complementar destacamos um relato da mídia local: ¨Conhecida como Manchester Mineira, Juiz de Fora esconde em suas periferias caracterís­ticas de Maputo, capital de Moçambique, um dos países mais pobres do mundo, confor­me observado pelo secretário de Assistência Social, Marcelo Garcia. Para conhecer de perto a realidade por trás dos números do Mapa da Exclusão Social, divulgado em feve­reiro, a Tribuna visitou alguns dos 13 pontos considerados mais miseráveis na cidade e encontrou pessoas que vivem em barracos improvisados, sem banheiro, com comida escassa e sem perspectivas de mudanças. Algumas sobrevivem com renda per capita de R$ 0,85/dia. Outras buscam sua sobrevivência na área central, atuando como guardadores de carro, ambulantes ou pedintes (Tribuna de Minas, pág. 1, 1º de março 2009, Juiz de Fora-MG.) ¨. Provavelmente os indicadores e saúde, inclusive a mortalidade infantil, nestas populações atingem níveis alarmantes que comprometem os indicadores gerais de saúde de toda a população local.



Apesar da economia privilegiada de Juiz de Fora, estudos apontaram que havia populações vulneráveis que apresentavam condições de vida bem piores que a média da população da cidade. A gestão desta, a partir de então, passou a monitorar estes indivíduos vulneráveis com a finalidade com de reduzir os danos causados pela pobreza e seu reflexo na qualidade de vida de toda a sociedade. Os demais municípios relacionados na tabela abaixo também possuem uma vitalidade econômica regional e, assim como Juiz de Fora, são pólos de atração de migrantes, às vezes em situação sócio-econômica frágil. Seus indicadores de mortalidade infantil não correspondem ao seu desenvolvimento social e econômico e, assim como Juiz de Fora, é preciso conhecer estes “conglomerados” humanos vulneráveis.
A cobertura da população pelo Programa Saúde da Família demonstra evidências de melhoria da efetividade da prestação de serviços públicos de saúde (Moraes Filho, no prelo) além de viabilizar maior conhecimento da população pelo poder público através da sua grande capilaridade.

Mortalidade infantil por 1000 nascidos vivos/ Período/ano - 2006
Juiz de Fora 16,5
Ubá 20
Leopoldina 14,8
Santos Dumont 30,5
São João Nepomuceno 24,9
Cataguases 17,7
Muriaé 20,6


Fonte: Datasus

Juiz de Fora, abril de 2009.
Joana D’Arc Zanelli
Antonio Jacques Barbosa de Moraes Filho

terça-feira, 18 de outubro de 2011

LUGAR DE ALUNO É NA PRAIA???

Por José Carlos Barroso


É vivendo que se apreende.

Por diversas vezes já ouvi alguém dizer esta pequena, mas interessante frase, e sempre que a ouvia confesso que as observações sobre ela aumentavam.

Pois bem. Noutro dia uma senhora usando dos microfones de uma de nossas rádios, se manifestava contra a posição de um senhor, que legitimamente havia denunciado na Câmara de Vereadores o uso indevido do transporte escolar, cujo programa é destinado aos alunos do meio rural.

Até então tudo bem, sem adentrarmos ao mérito da questão, por ser o tema bastante polemico, principalmente para quem não entende, não quer entender, e prefere polemizar esquecendo alguns pontos fundamentais da questão, que são na verdade a razão de todos os questionamentos.

Embora minha opinião talvez seja olhada com olhos negativos, principalmente pelos resistentes, a que a legalidade deva ser buscada em qualquer das circunstancias, minha posição é pela criação e existência de programas específicos, que possam atender as diversas demandas. Tudo elaborado criteriosamente, dentro dos preceitos legais, atendendo sempre e priorizando aqueles que realmente necessitam em razão de suas condições financeiras, analisados que seriam por agentes abalizados e profissionais competentes, o que convenhamos não é nada impossível.

Ademais há de se ter o cuidado, o esmero devido, na elaboração desses programas de forma que não venham ferir de forma flagrante as leis que regem a matéria e, observando após, que os mesmos devam ser aprovados por nossa edilidade.

Ah! Importante, muito importante é que as injustiças não sejam cometidas, principalmente nas concessões quando é comum os apadrinhamentos.

Entendemos, que não houve da parte de quem promoveu legitimamente a denuncia qualquer resquício, de intenção de prejudicar a quem quer que seja, o que se quis foi apenas se posicionar nada mais e nada menos pela legalidade das ações, jamais houve o intuito irracional de vir trazer prejuízo às famílias de nossa cidade, principalmente daquelas menos aquinhoadas.

Será errado querer cumprir a lei? Ou se exigir que as cumpram? De forma absurda é o que estão tentando pelas avessas dizer e lutar destemidamente, como a lei fosse apenas um enfeite, um adorno, o que lamentavelmente temos que admitir é absurdo ululante.

Entre tantos impropérios ditos e, mal ditos, ou malditos, que nos renderia comentários intermináveis esse eu achei o fim da picada.

Vejamos:

“Tem que levar o aluno sim, para o futebol, para o cinema, para a praia” Epa! Para a praia? Qual seria o pretexto, ou a justificativa para se fazer viagens tipo turismo, quando se deve perquirir os interesses estritamente pedagógicos e educacionais, visando um maior aprendizado, para uma futura colocação vitoriosa no disputadíssimo mercado de trabalho?

Ir a praia pode representar sim uma terapia, mas nunca uma necessidade primordial no campo educacional.

Pois bem. Comentando este assunto com amigos um deles, já com alguns anos em seu currículo disse – logicamente em tom jocoso – o seguinte: “Estou pensando seriamente em matricular-me, em algum curso para no final do ano poder ir a praia, assim economizo no transporte”.

É o fim, minha gente lugar de aluno não é na praia é na escola, na praia só com o dinheiro de cada um e jamais com dinheiro publico.

É por isso que os escândalos e as farras com dinheiro público se multiplicam assustadoramente neste País.

Pronto falei!