GALÁCIA

GALÁCIA


José Carlos Barroso



Sempre me encantou a
vida de Paulo, então parti para a Galácia , era minha primeira viagem depois da libertinagem.

Ouvi os capítulos, e no quinto meditei os versículos. caminhei do dezesseis, e cheguei ao vinte e seis.

Peregrinei em Filipo, d
o um ao quatro, mas se a Galácia foi salvação, em Filipo um, encontrei a redenção.

No versículo vinte e um me aprofundei fui a frente ajoelhei no “Viver é Cristo Morrer é lucro”.



segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

NASCIDO DO FORNO


Por José Carlos Barroso


Estou quase convencido de que meu nascimento se deu numa cozinha, tipicamente mineira italiana, ao lado do fogão e, por serem tantas as coincidências, posso até afirmar, que eu saí foi de dentro do forno, e de uma receita preparada com esmero, não importando aqui o produto, mas toda a dedicação e cuidado dos cozinheiros.

Mas todos devem estar curiosos para saber até onde pretendo chegar com esta analogia gastronômica.

Bem, isto não é difícil meus prezados, assimilar, ou entender, meu propósito é simples. É que ao lembrar de meus antepassados, possa estar tornando conhecido todo o meu prazer para com esta arte cultural e diversificada de nossa “cucina”.

E era ali na cozinha, a sala de visita, onde meus avôs e bisavôs recebiam seus mais chegados, e simples amigos, já que eram gente simplória dos fogões de lenha, de Minas Gerais, e todos eles peritos da comida mineira preparada na casa grande, tradição herdada, e transmitida de pai para filho.

Quem de nós irmãos não se lembra do quiabo da madrinha? Devem também de se lembrar dos comentários hilários. Era comida de fazer inveja, principalmente quando a associavam ao gostoso feijão com alho, e aquele angu, o primeiro a vir ao fogo e ultimo a sair.

Como esquecer das tias de tantos finais de semana, nos servindo aquele franguinho que cacarejava caipirez, frango da roça memo, ou das sobremesas de frutas e daquele doce de leite com queijo novinho, sem esquecer a presença sempre marcante e contagiante da macarronada; essa de forma alguma podia faltar, era prato indispensável em nossas mesas.

A cozinha de nossa casa, aos domingos se transformava em cozinha de restaurante, onde minha mãe se tornava uma chefa em rizoles e, em empadinha de queijo. Quanto ao meu pai, esse era um primoroso gourmet, com uma relação enorme de iguarias supimpas.

Já nossa mãe preta Lala, quando eu nasci ela já estava em nossa casa ajudando nossa mãe a criar-nos e, nela o que mais nos impressionava era o seu poder de memorização de todas as receitas que lhe eram repassadas, já que por ironia do destino não sabia ler nem escrever.

Era tudo tão gostoso, como viver os aniversários de minha nonna italiana de filhos “brasilianos” tutti bona gente, onde o macarrão tinha de ser feito em casa, desde o preparo da massa até a secagem dos fios, estendidos pelos varais de roupas e nos secadores de esteiras de taquara ao fundo do quintal, como aquele suculento molho de tomate.

Tudo isto não se trata de saudosismos, mas uma pequena exposição de retratos três por quatro e, em preto e branco de uma infância rica em alegria, pelos prazeres simples dos descendestes das Terras de Barroso - Atrás dos Montes – Portugal e da Sicília e Calábria – Itália, mas todos bem mineiros UAI...

Vivo una vita di ricordi.

domingo, 26 de dezembro de 2010

UMA CIDADE ONDE MUITOS COMUNGAM DA MESMA OPINIÃO


Meus prezados!

Parece que são muitos os que comungam conosco sobre o acontecimento com o "CORONEL" e na véspera de Natal, recebi um e-mail de um grande amigo, que depois de ler as materias, no blog, expos seu pensamento sobre o aprisionamento do Coronel. Vejamos o que nos diz esse amigo:



Jose Carlos,


Preparei este comentário para colocá-lo em uma de suas postagens sobre o Coronel.
Também indignado com o fato, gostaria antes de tudo parabenizá-lo pela coragem e lucidez nestas postagens sobre o Coronel.
Ainda vou mais além principalmente, quando se refere ao fato dizendo, que aprisionaram o Coronel.

A meu ver, a coisa foi bem mais seria, ou seja: O assassinaram literalmente e ainda de sobra levaram com ele: historia, arquitetura, cultura, ambiente, Identidade São-joanense, Visual, Área livre, Direito a um determinado espaço de ir e vir, Romantismo, Liberdade, Oportunidade de Opinião, e que é pior... UM PASSADO.
Lembrei-me agora daquela música onde diz: “A PRAÇA É DO POVO COMO O CEU É DO AVIÃO”
Bons tempos aqueles em que ainda não existiam pontas de ferro no murinho do Adil e ficávamos ali sentados apreciando aquele belo prédio, vendo gerações e gerações de jovens se divertindo, casais se enamorando, famílias inteiras vendo a criançada explorarem livres, leves e soltas, cada centímetro da pracinha.
Afinal, o que teria sido tão mais forte que tudo isso?
Na oportunidade desejo a você e toda a família um Natal de muita Paz e um Ano Novo recheado de novas postagens.

Abraços

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

ABSURDEZ MISTURADA A MALUQUEZ E LUCIDEZ:


Por José Carlos Barroso

Trago-vos agora, uma noticia quente, em primeira mão, e ocorrida em nossa cidade nesta semana, vejamos:
Minha gente! Acharam uma serventia para a cerca do Coronel e, olhem que eu bem preveni para que fizessem um gradil com florões, lancetas e com vergalhões losângicos, de maior espessura, com maiores aberturas, mas não, preferiram inovar sobre o antigo.
Alias aquela cerca que colocaram na frente do Coronel, tem dado “pano pra manga”, pois virou noticia, piada, achincalhamento, divertimento, e até xingamento.
Também não era pra menos, pois as obras absurdas tem sido desenvolvidas com certa constância e, rapidez, deixando a grande maioria do povo, assim, boquiaberta.
Pois bem, mas nesta semana alguém, no silencio da madrugada, alguém muito espirituoso e igualmente respeitoso, mas acima de tudo engenhoso, vendo aquela cerca na frente da escola resolveu dar uma mãozinha à saúde pública, sobre a retirada dos cães que perambulam infectos por nossas ruas, ou pelo menos dar conhecimento a todos da sua grande e sugestiva idéia.
Assim, pegaram três cachorros, e colocaram no espaço cercado e, se esmeraram na idéia quando confeccionaram um cartaz, com os seguintes dizeres: “CANIL MUNICIPAL”.
Não seriam os tais cães de guarda a vigiarem o Coronel preso, pela insensatez? Fica aqui mais uma dúvida, já que não sabemos os autores da proeza e, nem mesmo queremos saber, já que também não quisemos saber os autores da cerca, do biriteiro e outras mais.

Mas o absurdo minha gente não está no aprisionamento agora dos cães, com todo respeito aos mesmos, já que reconhecemos, que a fidelidade é paradigma nesses amigos, e por isto muitas vezes são melhores do que os de duas pernas.
O que está a incomodar é a “absurdez” do raciocínio e da atitude de se desenvolver, obra de tão péssimo gosto, que vai se tornando exemplo da “maluquez” misturada com a “lucidez”, com a permissão de Raul Seixas.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O HABEAS CORPUS impetrado pela ilegalidade da prisão do CORONEL JOSÉ BRAZ


EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS.








JOSÉ CARLOS HENRIQUES BARROSO, brasileiro, casado, advogado, devidamente inscrito na OAB/MG sob o nº 51.076, com escritório à Praça Dr. Carlos Alves, nº 01, sala 102, centro, na cidade de São João Nepomuceno, Minas Gerais, CEP 36.680.000, vem à presença de Vossa Excelência, com apoio no art. 5º, LXVIII, da Constituição Federal e nos termos dos arts. 647 e 648, I do Código de Processo Penal, impetrar a presente ordem de :


HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR





em favor de CORONEL JOSÉ BRAZ DE MENDONÇA, brasileiro, casado, Coletor Estadual, filho do Capitão José Braz de Mendonça Braz e de D. Anna Cândida Medina de Mendonça, CI e CPF desconhecidos, residente e domiciliado à Praça Coronel José Braz s/nº na cidade de São João Nepomuceno, MG, CEP 36.680.000, pelas razões de fato e de direito a seguir delineadas.

O PACIENTE




Filho legítimo do Capitão José Brás de Mendonça e de Dona Anna Cândida de Mendonça Medina, nasceu na fazenda São Domingos no Distrito de São João Nepomuceno de nome Rochedo de Minas, a 16 de julho de 1849.
Seu pai o Capitão José Brás era chefe do antigo partido conservador e prestou grandes serviços à causa pública, como vereador e representante de São João Nepomuceno em Mar de Espanha e Rio Novo, como Delegado de Polícia e Juiz Municipal, transmitindo ao seu filho nobre impulso de alto civismo.
Aos 20 de junho de 1870 o Coronel José Brás casa-se com Dona Carlota Vieira de Resende, filha do Capitão Luiz Vieira da Silva Pinto e de Dona Carlota Carolina de Resende Vieira.
Coronel José Brás foi chefe político filiado ao Partido Republicano Mineiro, estimado agropecuarista, proprietário da Fazenda da Lage no então distrito de Rochedo de Minas e Presidente da Câmara por diversas vezes.
São inúmeros os serviços por ele prestados a São João Nepomuceno, como a reconstrução da Igreja Matriz, bem como todos os esforços para a criação do Grupo Escolar que recebeu com justiça o seu nome. Foi ele também que promoveu a adaptação do prédio para abrigar o Grupo Escolar, quando então o corpo docente daquela Escola promoveu uma representação ao governo do estado pedindo que se ligasse o seu nome ao aludido Grupo Escolar.
Em 20 de janeiro de 1894, grande foi sua participação na fundação e na formação do capital cerca de 130 contos de reis, da Fabrica de Tecidos Mineiros (antecessora da Fabrica de Tecidos Sarmento) da qual foi seu presidente. As reuniões ocorriam na Fazenda da Lage de sua propriedade. No ano de 1908 assumiu o cargo de Coletor Estadual e o foi por longos anos, tendo falecido em 1926, ano que marca também a ascensão de seu filho Dr. Péricles Vieira de Mendonça conceituado advogado, à posição de chefe político do PRM (Partido Republicano Mineiro) seguindo os passos de seu pai.
O Grupo Escolar Coronel José Brás foi instalado em 21 de abril de 1907, com oito cadeiras (disciplinas) e no ano de 1916 possuía 12 cadeiras (disciplinas), com uma matricula de 657 alunos com freqüência média de 456, funcionando no prédio onde hoje funciona a Escola Estadual Dona Judite de Mendonça (nome dado em homenagem à esposa de seu filho Dr. Péricles Vieira de Mendonça).
No ano de 1929 é construído na praça 13 de maio (atual Coronel José Brás) um novo prédio para abrigar o Grupo Escolar Coronel José Brás.

DOS FATOS:

O paciente foi detido em 06 de janeiro do corrente, pelo Ilmo Sr. Delegado de Policia da Comarca, em atendimento a mandado de prisão, por ordem do Exmo Sr Juiz de Direito da Comarca de São João Nepomuceno, sob a acusação de fundar, construir novo prédio e manter em funcionamento a Escola Municipal Coronel José Braz, dentre tantos feitos expressivos em favor da comunidade São João Nepomuceno, que acima transcrevemos, o que seria vedado pela legislação vigente, sendo que na oportunidade muitos se postaram contra a prisão do paciente, vez que o povo são-joanense entende a prisão como ilegal, ferindo a Constituição Federal e, sem amparo legal nas legislações que regem a matéria.

DA INVIABILIDADE DO SUPORTE JURÍDICO ERIGIDO PARA A PRISÃO DO PACIENTE:



A autoridade responsável pela prisão do paciente fundamentou sua decisão na hoje inválida previsão legal do art. 70, da lei 4.447/8, que prescreve:
“Constitui crime punível com a pena de detenção de um a dois anos, aumentada da metade se houver dano a terceiro, pela instalação ou viabilização de melhorias, em logradouros públicos, instituições públicas e privadas, sem observância do disposto no determina esta lei e nos regulamentos, que regem a matéria”.
É portanto, o delegado de polícia, a autoridade coatora no presente caso.
Diferentemente do fundamento invocado para se perpetrar a ilegalidade, entende-se que as ações, não se abarcam no campo de incidência dos citados dispositivos legais. Com a promulgação da Emenda Constitucional nº 10, de 15 de agosto de 1865, as normas da lei 4.447/89, no que dizem respeito à classificação e natureza das ações de políticas públicas, por não estarem mais albergadas pelo conceito de melhorias sociais, culturais, educacionais e esportivas, não mais se aplicam por terem perdido sua fundamentação material. De outra forma, com a alteração constitucional, as ações implementadas pelo paciente, estão plenamente previstas e asseguradas na Constituição.
Ademais, o Código Brasileiro de Ações Sociais não regulamenta em nenhum momento, a importância e o grau de eficácia das melhorias a serem empreendidas em favorecimento as camadas mais necessitadas e de risco em nosso município. Se não prevê a assistência social comunitária, por outro lado também nele não se encontra proibição, quanto ao contrário que apresente. Por outro lado, os serviços sociais de caráter local, que encontram regulamentação no Código, não se confundem quanto a forma com outras ações comunitárias.
Enganou-se, dessa forma, a autoridade coatora. Não há ilicitude nas atividades empreendidas pelo grande benemérito são-joanense. Estas, na verdade, se constituem na vigente ordem jurídica e social, em um imperativo social, decorrente da necessidade de transformação, de natureza local e de veículo de ordem educacional e cultural principalmente.


DO DIREITO



A Constituição Federal prescreve:
“Art. 5º, inciso IX: É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”.
“Art. 215: O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes de cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e difusão das manifestações culturais”.
Outros dispositivos legais vão na mesma esteira da licitude do dos atos e, por conseguinte, de encontro à ilegalidade da prisão do ora paciente, que sem sombras de dúvidas vem há muito trabalhando de forma denodada para o engrandecimento deste município.


PRESSUPOSTOS DA MEDIDA LIMINAR



A medida ora pleiteada comporta prestação preliminar, o que desde já se requer, eis que presente todos os pressupostos necessários para o deferimento da mesma.
A plausibilidade jurídica da concessão da liminar encontra-se devidamente caracterizada na presente. O fumus boni iuris foi devidamente demonstrado pelos elementos fáticos e jurídicos trazidos à colação e a incidência do periculum in mora reside no fato de que grave prejuízo moral e psicológico poderá sofrer o paciente, cidadão trabalhador e cumpridor de seus deveres, se mantido no convívio com outros detentos já integrados à vida criminosa.
O periculum in mora repousa, ainda, no prejuízo que a proibição sumária de ações educacionais e culturais, acarretará para a comunidade local, enorme prejuízo já que ficará privada de melhoramentos, quando se sabe da enorme importância das ações do paciente hoje sob guarda cautelar.
Ademais é o paciente, trabalhador, benemérito do município, casado e com filhos, com profissão certa, como residência fixa, conforme declarações anexas, sendo ainda de bons antecedentes, nada havendo em sua ficha que venha macular sua integra vida, portanto paciente com vida irreprochável e primário.

DO PEDIDO

Como ficou devidamente consignado, a prisão do paciente não encontra guarida no ordenamento jurídico em vigor, revestindo-se, portanto, de flagrante ilegalidade.
Diante desse fato e configurado, pois, o constrangimento ilegal a que se sujeita o paciente, requer o impetrante se digne Vossa Excelência conceder em favor de CORONEL JOSÉ BRAZ DE MENDONÇA, o pretendido writ, para que cesse a coação, determinando, ainda, seja expedido o competente alvará de soltura, para que seja, de imediato, posto em liberdade, por ser da mais absoluta

JUSTIÇA!

T. em que
Pede deferimento

São João Nepomuceno, 17 de dezembro de 10.


José Carlos Barroso
Advogado

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

UM PAPAI NOEL "BIRITEIRO":


Por José Carlos Barroso


Dias atrás lhes contei sobre o fato de eu ser testemunha ocular da prisão do Coronel, mas foi por lá também, que acabei de deparar, com o velho Papai Noel, que já cansado pelos seguidos anos de trabalho acabou por fazer, como tantos, que também escolhem aquele local a Praça do Coronel para descansar e deixar a conversa rolar ao lado de uma bebidinha.

Pois bem e lá está ele, o folgazão e bonachão velhinho, na sacada da centenária Escola, bebericando sei lá o que, suco não deve ser, talvez um coquetel (mistura de duas ou mais bebidas alcoólicas se prestarmos bem atenção na taça em cima da mesa), debaixo de uma sombrinha sobre a “sombra da noite”.

Até aqui nada de esdrúxulo, nem mesmo bizarro, já que se trata apenas de um reforço de cena, dando idéia da intensidade do calor à noite.

Eu até entendo, o tempo não está para brincadeira e aqui em São João o calor tem ficado mesmo mais do que insuportável, principalmente para ele, o Papai Noel, com aquela roupa vermelha e as barbas longas, e ainda por cima com um gorro na cabeça, o pobre coitado deve estar “morrendo de calor”.

O pior é que não obstante a todo esse calor, o tempo não deve passar para o Noel, pois nenhuma criança pode chegar até o bom velhinho já que há uma cercadura de inusitado mau gosto a separá-lo das crianças.

Que covardia, um velho ao sol causticante de dezembro, ainda tendo que conviver com a mais recente proibição às crianças, ou seja, de vê-lo de perto, já que esperam por um ano para viverem os seus sonhos.

Bem mais, esse tra lá la´não tem significado se não dermos alguma sugestão, e então aí vai a nossa, para que pelo menos retirem aquela birita de cima da mesa onde o Noel está e coloquem-no lendo o também centenário Jornal “VOZ DE SÃO JOÃO”, ou um bom livro, já que para quem trabalhou tanto dando bons exemplos para as criançinhas esse exemplo de biriteiro está pra lá de péssimo.

Logo ele, que já entrou pela janela, carregou sacos de presentes, gesticulou e cantou por aí, tocou sininho, ficou sentado em cadeira de balança, desceu chaminés, passou por telhados e tantas outras coisas, para ver uma criança alegre, e agora justamente numa escola de crianças e depois de aposentado começaram a dar-lhe birita.

Será lastimável, como inadmissível, se ele vier a cair da sacada, por estar tonto.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

É O HOMEM BRINCANDO DE SER DEUS E CONSEGUINDO SER "deus":

Por José Carlos Barroso


Foi noticia no dia de hoje por todo o mundo: “CIENTISTAS CRIAM ANIMAL A PARTIR DE UMA MÃE E DOIS PAIS”.

O sub titulo ainda é mais estarrecedor, pois diz o seguinte: “Técnica poderia, ajudar casais homossexuais”.

Meus amados descrevem, os cientistas que a tecnologia usada foi das células tronco, criando então um camundongo, que tem dois pais e uma mãe. Segundo a comunidade cientifica, é um avanço, que certamente em muito irá contribuir na preservação de espécies ameaçadas e, pasmem, para que no futuro casais homossexuais possam ter filhos com sua herança genética.

Até onde o homem pensa que vai tentando ser Deus e conseguindo brincar de deus?

E Ele, que sabe de todas as coisas, já nos alertava há muito, quanto a torpeza do homem, vejam:

Romanos 1. 26 Pelo que Deus os entregou a paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural no que é contrário à natureza;
27 semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para como os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a devida recompensa do seu erro.

O homem vai aos poucos “avançando” e cometendo as suas impudicícias, sob a égide da modernidade tecnológica, dos avanços no campo biológico e genético, clonando e se consagrando ao diabo.

Mas amados, bonzinhos que são, os pesquisadores liderados por Richard R. Berhringer, pesquisador do Centro de Câncer Anderson, do Texas, divulgaram ainda que falta um longo caminho até que a descoberta seja aplicada ao homem. Muito bonzinhos não é mesmo?

Mas vocês já repararam como as coisas têm avançado nesse campo, e no interregno da primeira clonagem para essa nova descoberta as coisas avançaram a passos largos.

Então não se iludam que daqui ha bem pouco poderão vir os homens a terem também seus filhos, mas com outro homem.

Em Corintios 9.10 Deus através de Paulo nos previne

9 Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas,10 nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbedos, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.
E continua Paulo em nome de Deus, ensinando a saída, a salvação para tudo em Corintios 11:

11 E tais fostes alguns de vós; mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.

O que está a acontecer já estava previsto, porém cabe aos homens entenderem, e não se entregarem aos céticos, e as coisas do mundo, permitindo que esse
“erro moral não venha se tornar um direito civil”.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

TRANCAFIARAM O "CORONEL":



Por José Carlos Barroso


Andando pelas ruas de minha cidade, cheguei à praça e fiquei admirado com um crime que sem querer acabei presenciando, e assim me tornando uma testemunha ocular.

Tratava-se de um crime cometido em face da arte arquitetônica, e principalmente ao patrimônio cultural de nossa cidade. E surpreendido pelo delito, minha reação foi exclamativa – Gente trancafiaram o Coronel!

E continuei – Como profissional do Direito só me resta interpor um Hábeas Corpus, para livrá-lo dessa cadeia pública, que querem impô-lo, como um bem a municipalidade. Mas por que? Não respeitam nem mesmo o estatuto do idoso.

Perguntei também há muitos que por ali passavam: Mas o que fez de ilícito esse nosso Coronel ao longo dos anos, que eu não fiquei sabendo? Sim porque eu estive com ele durante cincos e preciosos anos de minha vida, assim como todos da minha família, alias esta convivencia começou com meu avô, o Juca Barroso, ha cerca de cem anos atrás.

Fiquei ali observando os homens encarcerá-lo admirando até mesmo a rapidez com que executavam o serviço. Permaneci fitando-o por bom tempo, divagando pelas lembranças do meu tempo de criança, dos cinco até os meus dez anos, em que como muita honra com esse Coronel pude conviver.

Depois lembrando, e navegando entre saudades, agora mais adiante em pensamento, já no meu tempo de adolescente, tempo dos Beatles, do começo de meu namoro, por sinal com a mesma eu casei e tive meus preciosos filhos. Mulher de causar inveja, pois era a mais linda da época e, os que a conheceram não poderão negar, nem mesmo me contradizerem.

Quantas festas, farras, encontros, conversas, ali tivemos e vivemos. Alias foi ele que me viu pela primeira vez usando calça comprida, por sinal acompanhou todos os meus passos até aqui.

Sempre o achei o tal, imponente, austero, mas jamais soberbo, pois sempre foi uma constante receber todos com muita educação, sem distinção, e foram milhares que puderam sentir o gostinho desse paizão, e com que alegria ele nos acolheu, sempre nos abraçando forte. E até hoje ainda ele é assim, com outros pequeninos.

Pois é minha gente, ali com ele brinquei, estudei, pintei e bordei (não de fazer bordado claro) e agora está num cárcere, numa jaula, no xadrez, nos deixando sem saber o que de errado fez.

Calma, calma pessoal, o estou a dizer é da cercadura, isso mesmo, aquela porcaria que pensam estar a guarnecer o contorno da Escola Municipal Coronel José Braz, a sua frente, que de forma alguma irá adornar, enfeitar, ou que borda a orla da centenária Escola.

É cerca pura e simples, abraçando um dos mais ricos patrimônios, cultural e educacional, de nossa São João Nepomuceno. Cerca de péssimo gosto, por sinal nada diferente se fosse de bambu, alias seria mais original e naturalmente mais barato.

Alias para que todos fiquem sabendo sempre disse que aquela bela fachada merecia um contorno seguindo pelos passeios, adornando-a, com um gradil, seguindo os padrões da época em que construíram a escola e trouxeram aqueles ricos postes para iluminar a praça, por volta dos anos de 1915 até 1929, data da construção do prédio.

Um gradil com florões, lancetas e com vergalhões losângicos, de maior espessura, conseqüentemente de maior resistência, jamais aqueles finos arames entrelaçados, que contrastam de forma errônea, com o plano secundário (aquele que vem após o primeiro). Por sinal talvez foi esse mesmo o sentido, que quiseram dar àquela beleza arquitetônica, ou seja, de levar a Escola Municipal Coronel José Braz para um segundo plano literalmente.

Tenham dó, aquilo deve ter vindo de alguma fabrica especializada em construir telas para estádios. Antigamente meus amigos todas as obras de arte que estão a embelezar a cidade eram originadas da Fundição Indígena do Rio de Janeiro.

Assim o que fez de errado o nosso Coronel José Braz, para merecer tanto castigo, por conta dessa modernidade, barata, e por isso banal, como ordinária e medíocre.

E de forma antagônica a famosa frase vetusta, mas profunda, com que o Dr. José de Castro Azevedo encerrava as suas historias de nossas ruas: "Há na força do passado a alegria e o consolo das ressurreições”, construímos uma mais atual talvez não tão moderna, como o gradeamento prisional da Praça do Coronel, que para muitos se assemelha a uma enorme rede mosquiteira.

Há na força do presente a tristeza e o desconsolo das intercessões medíocres”.