GALÁCIA

GALÁCIA


José Carlos Barroso



Sempre me encantou a
vida de Paulo, então parti para a Galácia , era minha primeira viagem depois da libertinagem.

Ouvi os capítulos, e no quinto meditei os versículos. caminhei do dezesseis, e cheguei ao vinte e seis.

Peregrinei em Filipo, d
o um ao quatro, mas se a Galácia foi salvação, em Filipo um, encontrei a redenção.

No versículo vinte e um me aprofundei fui a frente ajoelhei no “Viver é Cristo Morrer é lucro”.



quinta-feira, 2 de outubro de 2014

FALANDO TAMBÉM DE POLITICA

Por Thiago Barroso

O tempo passa e tudo sempre é igual, minha paciência com quase todos comentários sobre política aqui se esgotou e esse texto é grande pois será único e último. O pessoal gosta de debochar do tal de "Fidelix" mas ele é um perfeito retrato de muitos eleitores brasileiros, intolerantes, imaturos, presunçosos, e que provavelmente se informam pelos meios de comunicação de massa, historicamente tendenciosos, comprovadamente comprometidos com seus próprios interesses, posam nas vitrines da arrogância como cidadão justo mas não sabe nem de onde vem, ou o que significa tal palavra. Tenho minhas dúvidas dessa justiça pois sei bem o ser humano. Falam sem medo de cometer gafes estrondosas sobre aquilo que não sabem, nunca leram Adam Smith e nem Marx, nem outro qualquer livro de política, economia ou sobre história política, desconhecem com uma ignorância pavorosa a história de seu próprio país, mas canta o hino nacional e chora em véspera de jogo de futebol se dizendo patriota, mas o "disse me disse" da esquina dos jornais de tv, dos grupelhos sociais, das fofocas, são bem vindas ou pouco analisadas. Falta muita, mas muita racionalidade e sobra paixão na política do brasileiro, paixão que o faz ficar cego, tolerando crimes, tendo visão atrapalhada e segue escravo da alienação, da loucura partidária (seja de esquerda ou direita) e da preguiça da cidadania. Vejo um cristianismo falso, servo da arrogância, entrando em um solo minado pisando duro e displicentemente, dando mal testemunho pois poucos arregaçaram as mangas quando o negro foi escravizado e considerado raça inferior, ninguém gritou quando de fato as liberdades individuais eram violadas ou a Constituição desrespeitada, quando inocentes foram presos, poucos repartiram o pão como o seu "Mestre" fez, apenas se preocupam em "vender seu peixe" ou "cada um com seus problemas" ou ainda dizendo no auge da sua frieza supostamente espiritual "essas pessoas fizeram suas escolhas erradas", mas se sentem "defensores de Deus" apenas quando veem um homossexual querendo fazer o que ele fará independente de leis, os desviados defendem "a família", os valores morais, mas poucos foram capazes de questionar sequer o porque da pobreza das favelas ou ser uma resposta para elas. Defendem as vidas contra o aborto, mas mandam matar criminosos que roubam telefones celulares. Não cuidam do órfão, da viúva, desrespeitam os preceitos mais importantes da lei em nome de uma defesa que Deus não pediu para que fizessem dele. Lavam as mãos como Pilatos, e não mostram que são filhos de Deus (Romanos 8), não revelam, revelam apenas alguém que paga dízimo e luta contra homossexuais. Enquanto isso, penso nos verdadeiros cristãos, ou pelo menos naqueles que não se desviaram, como Willian Booth, o grande General do Exército da Salvação que no auge da Revolução industrial, onde os trabalhadores da Inglaterra desperdiçavam suas vidas em péssimas condições de trabalho e de vida, resolveu apontar sua arma contra a pobreza e a fome daquela gente, Booth alimentou tantos quanto pôde e nunca fez um comentário sem saber do que estava falando a respeito da Monarquia ou do Parlamento Inglês, deixou a burguesia inglesa enriquecer a custo do sangue não por preguiça, mas porque estava ocupado em demonstrar as mãos de Deus na terra alimentando famintos, limpando o sangue inocente, abrigando quem não tinha casa, fazendo o que o governo inglês não fez.
Onde estão os debates filosóficos? Onde está a razão? A pesquisa, a necessidade pelo conhecimento, as luzes, ou será que de fato o que deve guiar a humanidade seria a loucura como diria Erasmo de Roterdã? Onde está a verdade de que todo homem é falho, de que não existe político salvador da pátria, ou será que sempre vamos acreditar que vivemos um inferno cuja salvação está nas mãos de poderes republicanos vãos?
Que os cristãos se reúnam em seus grupos para orarem como em Gales, Uganda, Ilhas Hébridas e depois para mostrarem as mãos de Deus, que no momento, claramente estão muito preocupadas teclando na net e talvez ainda não enxergaram o seu vizinho que passa fome, um parente que está drogado, ou seu próprio filho que você ainda hoje não sentou em sua cama e o pediu para dizer como foi seu dia. Sinto falta da militância cristã que tem o respeito dos ateus, homossexuais, médicos, sapateiros, enfermeiros, soldados, católicos, caminhoneiros, muçulmanos, professores, teólogos, espíritas, evangélicos de todas as eras, militância cristã que lembro com saudade, de Madre Tereza, de Martin Luther King Jr., de Neemias, de Estévão, do Irmão André, de Keith Green, de George Mueller, esses sim, onde estiveram fizeram a loucura se calar e pensar que por um breve momento, pensaram que Deus estava na Terra.

Thiago é professor de historia do Pre Universitário e do Grambery
 
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