UM EPÍTETO DE ESPERANÇA: URGENTE.
Por
José Carlos Barroso
Houve
um tempo que a cidade por seus cidadãos muito se orgulhava do epíteto “CIDADE GARBOSA” talvez fosse para
muitos uma égide contra as infamas a NOSSA cidade e a todos que a amavam.
Porém
sinceramente em que pese toda a intenção de quem o criou, esse cognome não soava
unânime entre as gentes desta terra e, nos dias de hoje não era usual vê-lo
estampado. Mas é preciso urgentemente recuperar a auto-estima desse povo, que
sofreu por um tempo as mazelas do autoritarismo, e da autocracia de uma classe
impostora aplicada com freqüência em detrimento da liberdade individual.
Que
desastre o lançamento do “JUNTOS PODEMOS
MAIS” já que soa impessoalidade e, muito mais ainda é um sinal claro de
poder pela força de uma classe rodeada de asseclas, que simplesmente preferiram
fechar os olhos, os ouvidos, mas não suas bocas, porque a intenção era a
imposição dessa paráfrase, por isso a satisfação de se propagar aos ventos o
famigerado tempo de 2005 a 2012, como se fossem tempos de venturas e progresso.
Chegaram
ao cúmulo do absurdo e escreveram no primeiro cartaz comemorativo de
aniversário do município um sonoro “ASTEAMENTO” das bandeiras sem o “H”. Vexame
total, quando então já podíamos antever o tsunami, que estaria por chegar!
Mas
a parcimônia parecia ter sobrepujado, e a elegância, a distinção dos concidadãos
desta cidade, apenas escondia o horror de uma cidade inteira, pelas tempestades
de mazelas, que assolou essa gente inocente.
Almejar
a recuperação de nossa terra por um slogan que nos convida a reconstrução “RECONSTRUINDO A GARBOSA” quando nada
nos impulsiona e emociona, pois nos dá vida e sentido para ajudar, para
defender, já que houve um tempo que vivemos o “CONSTUINDO UMA NOVA GARBOSA”, “O
TRABALHO CONTINUA” ou “ADMINISTRANDO
O FUTURO” frases que tiveram como intento fortificar o ideário de nossos
mandatários, alicerçados pelo povo, já que a cidade àquela época nos parecia também
adormecida, enquanto o futuro se avizinhava.
Seja
qual codinome se lance, todos são bem melhores do que o apodo “SÃO JOÃO BURACOCENO”, pois o sentido
sarcástico mesmo que criativo, nos remetia a um tempo de nebulosas atitudes,
que não passaram de teimosia, e despreparo administrativo e, político, e a penalização
a um povo inocente, e passivo estava visível.
O
“POR AMOR A SÃO JOÃO” e o “JUNTOS PODEMOS MAIS” eram verdadeiros cantos de
sereia, e o povo pagou caro por acreditar nesse engodo, que depois lhe pareceu
infindo, e para não sofrer como escravo as conseqüências dos desejos
aniquiladores de uma classe perniciosa e dominadora, fez vista grossa, até que
pode dar o troco, empunhando a bandeira da democracia, num belo exemplo de
cidadania.
É muito
bom poder novamente cantar, como EDMUNDO
LYS:
Cidade de São João linda
cidade / Que é um sorriso gentil entre colinas/Cidade de São João que agente
canta como cantiga de felicidade...