INEFICIÊNCIA NA INDIGESTÃO PÚBLICA
Por José Carlos
Barroso
Aqui
não cabe qualquer insinuação, ou resquício de desgosto mesclado de raiva
(despeito), muito pelo contrário, pois este artigo traz em seu bojo infelizmente
a satisfação de vermos triunfar as nulidades.
Pois
bem e, o que me levou a escrever foi que tive o prazer de ler um convite daqueles
comprazedores, pois destaca de forma “merecida” como palestrante a Prefeita de
São João Nepomuceno, que irá explanar com sua competência toda a sua
experiência de êxito na superação dos desafios à frente de uma administração
municipal de uma cidade do interior, bem como a importância da definição de
prioridades, que são essenciais para se chegar ao sucesso (põe sucesso nisso).
O
convite ao Iº SEMINÁRIO EFICIÊNCIA NA GESTÃO PÚBLICA tem como alvo os Prefeitos
eleitos, para que os mesmos estejam alertas aos desafios dos próximos anos, destacando
que o seminário tem a intenção precípua de orientar os mesmos.
Referido
convite destaca ainda, que a Prefeita irá mostrar aos participantes, que a
escolha adequada, e coerente certamente trará satisfação ao interesse público e
privado, logicamente repercutindo no grau de satisfação da população e dos
aliados políticos, daí a necessidade do acolhimento acautelado das ações.
De
fato é importante saber como um administrador público deixa o cargo com um índice
estrondoso de reprovação popular, recorde, até hoje não conseguido.
Confesso
que fiquei estarrecido e, li e reli o convite para aceitar se o que estava
lendo era real, e pasmem vocês, aquilo era verdadeiro, não se tratava de
nenhuma chacota. Naturalmente o convite deve ter partido de organizadores, que
não conhecem bem o que ocorreu em nosso Município.
Sim,
pois, eu não sei se o exemplo, o modelo, e a experiência de uma administração
como a que vimos acontecer por oito anos em nossa pequena e grandiosa São João
Nepomuceno pode ser repassada, principalmente àqueles “marinheiros de primeira
viagem”, por isto tivemos que alterar o nome do seminário para Iº SEMINÁRIO INEFICIÊNCIA E A INDIGESTÃO
PÚBLICA, com as minhas escusas aos que pensam o contrário, mas não podemos falar em eficiência se houve
indigestão, ou falar em indigestão se essa foi causada pela ineficiência.
Daí
ficamos imaginando o que poderia servir de exemplo nessa administração! Será a
falta de planejamento, a incompetência administrativa, as mentiras, o numero de
ações que abarrotam os fóruns, o grau de insatisfação de um povo que a todo
custo tentou esperar por oitos longos anos uma atuação, que pudessem realmente
ensejar algum momento de felicidade, ou seria estar apontando que a
administração tem os seus sigilos e, os que a cercam estão por força de decreto
proibidos de dizê-los sob pena de estarem ferindo as leis (deles) o que é
confessar a malversação do dinheiro público.
Não
minha gente, infelizmente nós temos pouco a mostrar, na verdade quase nada,
porque as políticas públicas em prol daqueles que realmente deveriam ter sido
agraciados foram “fartas” mineiramente falando “fartaram” em todos os sentidos,
será que os mais de três mil votos de frente nas últimas eleições poderiam
servir de parâmetro para se aquilatar o grau de satisfação com a atual
administração??
Infelizmente
o povo pagou e, caro por experimentar algo novo, acreditando nesse conto do
vigário, nesse triste engodo, que almejava reinar indelével, como uma “nódoa em
roupa branca”.
Mas
o ponto culminante da palestrante será quando de forma competente estiver
explanando sobre as novas exigências legais, como a da Política Nacional de
Saneamento Básico de 2007 e, do Decreto nº. 7.217, de 2010, que obrigam a
elaborar e aprovar o Plano Municipal de Saneamento, com abrangência para 20
anos.
Isso
será “must”, pois o que aqui foi realizado em sua gestão pública
foi simplesmente fenomenal! Não, isso é mentira, nada foi feito a não ser um
estardalhaço em torno da questão quando queriam impor a realização desse Plano
por uma empresa, tudo a toque de caixa,
sem planejamento, sem medidas, ou melhor, com medidas escusas, e conseqüências
desastrosas e, só não acontecendo pela ação do representante do Ministério
Público da Comarca e pelos próprios vereadores (alguns claro), porque “debaixo
desse angu tinha caroço”! Entenderam?
Mas
finalizo com uma tremenda interrogação:
O
QUE PODERÁ SER ESCLARECIDO POR QUEM NEM MESMO CONHECE O QUE EM CIMA DA TERRA ESTÁ QUANTO MAIS
POR BAIXO DA TERRA?
Como
soa bem ouvirmos: EU VIM PORQUE O POVO
ME CHAMOU!