GALÁCIA

GALÁCIA


José Carlos Barroso



Sempre me encantou a
vida de Paulo, então parti para a Galácia , era minha primeira viagem depois da libertinagem.

Ouvi os capítulos, e no quinto meditei os versículos. caminhei do dezesseis, e cheguei ao vinte e seis.

Peregrinei em Filipo, d
o um ao quatro, mas se a Galácia foi salvação, em Filipo um, encontrei a redenção.

No versículo vinte e um me aprofundei fui a frente ajoelhei no “Viver é Cristo Morrer é lucro”.



quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

CARNAVAL 2015

UM CARNAVAL CAPITULAR 
Por José Carlos Barroso

Toda luz é importante, principalmente quando o túnel está escuro!
Assim toda idéia é válida, e elas vão surgindo, passo a passo no mesmo compasso das marchinhas de carnaval, e dentro desse compassado passo alguém deu a idéia de que os blocos desfilassem entre cordas, como no passado. Bem, mas isso já foi feito pelo Barril em algumas ocasiões, e não surtiu o efeito esperado, a corda favorecia uma parte, a que estava entre as cordas, porém a outra  que ficava ao redor participava do mesmo jeito, e ao final nem corda existia.
No entanto, eu acho que é por aí, todos dando idéias, a luz aparecerá ao final do túnel, mesmo que seja um túnel tipo o Gotthard, que está sendo construído nos Alpes Suíços, e que será o maior do mundo com 57 km de extensão, e mesmo que as luzes sejam as pequeninas luzes de natal.
Entendo que não se pode é deixar para a última hora, se confiando sempre no jeitinho brasileiro, pois assim não tem jeito, e não teve mesmo!
A Justiça fez a convocação para uma reunião com vistas ao carnaval de 2015, salvo engano em abril do ano passado, e duas ou três reuniões foram feitas, planejamento não sei se fizeram depois todos, repito todos, quedaram inertes, nem mesmo uma luzinha (daquelas de natal) apareceu, e agora encima da hora, ou por cima da hora, atropelando tudo fica mesmo difícil.
Contudo entendo que o ponto principal da questão está na SEGURANÇA, e como falar em segurança em um Estado que por seus governantes (Estado de Minas) sendo o responsável pela segurança pública vinham há muito sucateando as suas próprias instituições, e propositalmente diminuindo o efetivo policial.
Aí fica difícil. Resultado: não ha efetivo para garantir a segurança nas ruas e, aí o jeitinho aparece e, transferem a obrigação para os outros. Isso é muito engraçado! E depois passam a exigir de forma ostensiva mesmo, como se estivessem fazendo a sua obrigação constitucional.
Se o carnaval anteriormente pelos idos de 1641 tinha o seu "jogo do entrudo", o que temos visto hoje é o "jogo do empurra"! Enquanto isto o povo fica "preso" em suas casas, a policia aquartelada, e a justiça .... sei lá onde está, aqui nunca esteve, mas depois sempre aparece de forma punitiva.
Mas será que falei algo diferente da verdade? Mas será que há segurança durante o ano, nos restantes 361 dias do ano? NÃO, não existe, e sentimos que as coisas vão piorar. Será que as estatísticas de criminalidade vão sofrer mudanças e indicarem algum aumento? Ou serão empanadas, dissimuladas, disfarçadas para que a verdade não apareça. Não sabemos.
Na verdade isso é como se fosse um canhão em tempos de guerra, que se tem que camuflar para que o inimigo não veja. Ano passado a cidade foi esvaziada, os turistas não vieram, o que não fez e, não faz diferença alguma, mas o povo gosta, a polícia trabalhou, muito e, muito bem, mesmo assim houve um "tirinho" um presentinho de jovem para jovem, mas como aconteceu se tudo estava indo tão bem?
Bem aí é outra historia. O desfile das escolas havia terminado, a festa rolava solta na Praça do Coronel, e o palco dos tiros foi justamente no palco do samba, do lado oposto, quando então alguém dançou sem música, pois a policia não pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo, não ha como serem onipresentes e onipotentes, isto só Deus pode!
Mas será mesmo que em algum lugar desse País as coisas acontecem diferente? NÃO, NÃO ACONTECEM, como diz a musica... acontecem é por debaixo do pano. A televisão nada comenta, radio não se ouve, jornal não se lê, à internet nem todos tem acesso e, então como ficamos?

Ficamos assim: ESSE ANO NÃO VAI SER IGUAL AQUELE QUE PASSOU ... ATÉ QUARTA FEIRA (MARCHA DE UMBERTO SILVA E PEDRO SETTE) Então até a próxima se Deus quiser, quando certamente estaremos vivenciando mais outro capitulo dessa novela.
BLOCO DO BARRIL

domingo, 18 de janeiro de 2015

O PAPA X 0 COLUNISTA LIBERTÁRIO

 Por José Carlos Barroso 





"Há limites para a liberdade de expressão” 






“Os extremos são extremamente perigosos”!

ABSURDO
A frase dita pelo religioso papa Francisco I líder dos católicos, "Há limites para a liberdade de expressão” pareceu aos olhos dos libertários como Reinaldo Azevedo, colunista da Veja e da Folha (libertários aqueles que tendem a seguir doutrinas baseadas na liberdade absoluta), um desvio coloquial, pois segundo seu entendimento as opiniões do Papa sobre o atentado na França “são covardes, imprecisas e politiqueiras”, mas na verdade Francisco não falou nada mais do que aquilo que já esta escrito como norma jurídica, nos crimes contra a honra por exemplo no Código Penal Brasileiro artigos 138 (calunia), 139 (difamação) e 140 (injúria) e como ensinamento bíblico, como em 1 Coríntios 6.12 "Todas as coisas me são lícitas mas nem todas convém”.

Com todo respeito ao Jornal francês Charlie Hebdo, e em que pese às mortes ocorridas, o que é absolutamente inaceitável, por ser monstruoso também ao nosso sentir, não ha nada demais na citação de Francisco.

Todavia assim não pensa o senhor Reinaldo Azevedo, colunista da Veja e da Folha, que se debruçou em críticas vorazes a fala do papa Francisco, dizendo que o Papa acabou por compreender o que os terroristas fizeram, e escreveu ele “Eu poderia até perdoar a ambigüidade em alguém com menos importância do que Francisco. Nele, nem pensar.
Toda a mídia nacional e internacional deu destaque a esse episódio após a morte dos cartunistas do jornal Charlie Hebdo. No entanto virmos a sofrer o vomito destemperado desse colunista é também impróprio na medida em que suas palavras ganham a mídia e o mundo, isto também é inaceitável. Qualquer tipo de injuria, calúnia, e difamação, abre um parêntese enorme para conseqüências inclusive morais vide art. 186 do CC.

O Papa Francisco abriu a sua boca para defender o que diz a palavra de Deus e assim a praticou, cumpriu a sua missão apostólica evangelizadora.
Lado outro, será mesmo que existe sátira em um desenho em que Hitler aparece saltitante, dando um alô pra “judeuzada”, ou em que o papa Bento 16 troca carícias com um soldado da Guarda Suíça, ou em que um árabe lambe o traseiro de um judeu, ou que o Deus, Jesus e o Espírito Santo aparecem satirizados? Não há graça alguma, ha sim um desrespeito total.

E se o colunista da Folha terminou vociferando ou rosnando: “Francisco, por que não te calas? Nós na nossa pequenez aproveitando o ensejo mandamos nosso recado ao senhor Reinaldo Azevedo: “ÉS O FAMOSO QUEM MESMO”?  

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

IMAGEM DE SÃO JOÃO NEPOMUCENO É RESTAURADA E ENTREGUE À POPULAÇÃO

COMENTANDO SOBRE A CULTURA SÃO-JOANENSE:

Na tarde de 23/12, a imagem do santo São João Nepomuceno que fica no saguão da Prefeitura desde o ano de 1981, retornou à cidade depois de alguns meses, pois a mesma estava sendo restaurada pelo especialista em conservação e restauração, Valtencir Almeida dos Passos na cidade de Juiz de Fora.


O pedido de restauração da escultura em madeira maciça entalhada e policromada diretamente sobre o suporte foi feito pelo Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de São João Nepomuceno para a aprovação do prefeito municipal. “O conselho examinando a situação precária que estava a peça, e logo na entrada da Prefeitura chegou ao consenso de que seria de extrema urgência o trabalho de restauração, pois poderíamos perdê-la em breve”, comentou o presidente do Conselho.

A imagem

Imagem confeccionada pelo escultor Ademar Inácio dos Santos, santeiro pernambucano popularmente conhecido por Ademar de Jupi. O santeiro encontra-se ainda em atividade, sendo o principal artista sacro daquele estado na atualidade. Em entrevista com o escultor, realizada no início de 2014, o mesmo reconheceu a imagem confeccionada há mais de três décadas, época do inicio de sua atividade.

O escultor confirma que executou a imagem tendo como referencia uma imagem erudita existente no convento de Igarassú – Pernambuco, o que explica a característica formal e estilística de tratar-se imagem de fronteira (executada por artista autodidata e com elementos de imagem erudita). Antes da restauração, a imagem apresentava alguns danos causados pela manipulação e ataque de insetos xilófagos (inseto que se alimenta de madeira, como o cupim).


A imagem foi doada ao Município de São João Nepomuceno pela Telecomunicações Pernambuco em 16 de maio de 1981, quando das homenagens comemorativas aos 101 anos de emancipação politico e administrativa do Município. À época era Prefeito Municipal o Sr. Antônio Cavalheiro sendo seu Vice o Dr. José Wagner Fávero. Importante destacar que era Presidente da Telecomunicações de Pernambuco o são-joanense Aymore Pinto responsável direto pela doação.   

O santo São João Nepomuceno

São João Nepomuceno foi pregador na corte de Venceslau IV em Praga e confessor da rainha sua mulher, mas, ao negar a divulgar os segredos das confissões dela foi morto, depois de ter sido torturado e lançado ao rio Moldava. Tornou-se assim o primeiro mártir do selo da confissão e o patrono contra calúnias, devido à maneira de sua morte.

A imagem em questão apresenta-se vestido de sacerdote com túnica longa de cor violeta até os pés e sobre túnica curta de cor esverdeada até a altura da cintura e uma capa de cor vermelha presa ao pescoço pendente também até a cintura. O braço esquerdo da imagem flexionado lateralmente apresenta a mão esquerda entreaberta, erguida ao alto empunhando uma palma em tom verde, símbolo de seu martírio.

por Márcio Sabones
com comentários adicionais de José Carlos Barroso
Fotos: Márcio Sabones

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

OS BONS FILHOS À CASA NÃO TORNAM



Texto por SERJÃO MISSIAGGIA
Foto de Serjão Missiaggia


A... Ginásio do Sôbi! Como podes continuar a mexer com a emoção de todos que por você passaram?  

Que magia estranha é essa que aí permanece e que tanto nos maltrata, principalmente ao fitarmos sua fachada, felizmente ainda “intacta”, mas tão “ausente”.   

Donde vem essa energia misteriosa e imortal, que pulsa soberana no topo da colina e que ainda nos atrai e tanto nos fascina.   

Que “calmaria” estranha é essa de agora, que antes se curvava ao barulho das carteiras, aos ruídos dos tambores, ao apito da batuta ou o som das brincadeiras.      
                                                                                                        
E esse mesmo silêncio, que tanto insiste em querer nos roubar o passado nesta hora, é o mesmo que faz gravar ainda mais na memória, os ensinamentos de nossos amados PROFESSORES, o convívio de cada AMIGO de jornada e os sábios conselhos do eterno e inesquecível MESTRE. 

Perfeito meu amigo Sérgio, voei com a saudade, cheguei ao passado para dizer obrigado ao tempo. Quando voltei parei para agradece-lo por essa viagem maravilhosa!

sábado, 29 de novembro de 2014

SOM EM PROFUSÃO

UMA PREOCUPAÇÃO
Por José Carlos Barroso

A sexta feira em São João tem se tornado um problema para quem precisa de concentração, imaginação, meditação, concatenação para exercer o seu trabalho consciente, de forma competente, livre de qualquer incidente, que possa afetar a sua mente, sim porque é imperioso se estar silente.
O problema surge e se assenta em razão de existir sons em profusão, que acabam fazendo aquela confusão, e assim passamos  a ver e sentir mais uma banalização.
São sons de vários tipos chegando e partindo de vários lugares dos mais nobres ou dos mais vulgares, o que tem nos levado a pensar que

estamos em um front de guerra, com a utilização de potentes canhões de sons.
Como se não bastassem os sons registrados e legalmente constituídos, vem surgindo os consentidos e, os não autorizados e os tolerados, os moderados e até dos maus educados.
A balburdia minha gente está instalada, não tem hora para começar muito menos par terminar, pois cada loja agora possui o seu “somzaço” seu som com aço, cada um mais potente do que o outro, e nós diante desse desafio totalmente impotentes nos tornamos uns  palhaços .
          Enquanto isso nosso sistema auditivo segue a lei do altivo, e até mesmo a lei do não permissivo, e eu, nessa esteira sigo fazendo a minha parte, sendo apenas combativo.
          Mas meus prezados eu lhes confesso que esse absurdo vai me deixando desacreditado, indignado, pasmado, ao tempo em que fico irritado certo que serei execrado, mas convenhamos, paciência não é para todos, ou tem limite.
          Então fico a me perguntar, até onde vamos com esse pode tudo, tudo pode, pois há muita gente que com isso não pode aguentar!
          Afinal eu não faço leis nem as faço serem cumpridas, resta-me então falar, esbravejar, incomodar até que o alivio alguém possa nos dar. 
 


sábado, 15 de novembro de 2014

UM SIMBOLO DE GRANDE MAGNITUDE:

O RELÓGIO DA MATRIZ DE SÃO JOÃO NEPOMUCENO:

Por José Carlos Barroso

Passei a minha vida olhando esse relógio, apreciando sua magnitude, sempre privilegiado por enfrentá-lo de frente, sempre o obedecendo, constantemente ouvindo suas badaladas, sempre ouvindo os outros falarem assim: quantas horas são? Quatro da tarde? Mas o dá Matriz é que está certo, acerte o seu, pois são quatro horas e um minuto.
PARA MIM O MAIOR RELÓGIO DO MUNDO
Sim, eu e mais tantas outras pessoas, a cidade inteira certamente, nunca vimos um atraso desse guerreiro de duas espadas, a serviço da proteção de seus súditos.
Desse que sempre foi a nossa garantia de pontualidade em tudo, tal como são popularmente conhecidos os britânicos Londrinos, em particular, pela importância, de seu Big Bem - o Elizabeth Tower.
É importante abrirmos um parêntese, para nos reportarmos a historia, por que não dizermos, desse pragmatismo?
Pois bem conta-nos a historia, que são quase 400 relógios públicos espalhados pela cidade, todos marcando a mesma hora.
Mas nem sempre foi assim. Antes do século 19, a conservação do horário era uma questão local. Cada rua e cada bairro tinham a sua hora. Os relógios eram acertados ao meio-dia, quando o sol atingia o ponto mais alto. A confusão acabou em 1830, quando a Grã-Bretanha se tornou o primeiro país a adotar um horário nacional. Nascia assim então a pontualidade britânica.
O líder de todos os demais relógios ainda bate na parede do Observatório Real de Greenwich, na região sul de Londres. É com base nele que atualmente todos os demais países acertam os fusos-horários. O tempo médio de Greenwich, conhecido pela sigla inglesa GMT, garante que o mundo jamais perca a hora.
E se por aqui em Nepopó temos o nosso, outras plagas também curtem os seus, como o do Grand Central Terminal, de Nova York, o Relógio Astronômico de Praga, o Relógio Astronômico da Catedral de Estrasburgo (França), o que está localizado na Torre do Relógio na Praça de São Marcos, Veneza, o Relógio Floral, do Niagara Parks, no Canadá, o Rathaus-Glockenspiel, localizado em Munique, o Cosmo Clock 21, localizado na cidade de Yokohama (Japão) considerado o maior do mundo, e outros tantos de grande significado, tal como o maior relógio analógico de quatro faces do mundo, o da Central do Brasil no Rio de Janeiro.
Pois bem e, não sendo mais bairrista do que nenhuma outra pessoa o nosso da Matriz é um ponto de referencia, um porto seguro para os são-joanenses.
E toda essa implicância com o seu adiantar, ou atrasar da hora, não é estado depressivo crônico, normalmente atípico e dissimulado através do mau humor, da chatice, da birra, da irritabilidade, ou de se estar mal com a vida. Não é isso.
Muito embora reconheça que passo por algumas fazes que me conduza a tais estados de espírito, essa chatice, ou todo esse ranho, ao contrário, tem um tom suave, uma fragrância refrescante, ou o sabor adocicado do bucolismo de uma cidade que bate forte no meu coração.
Nesta terra querida que dentre tantas e tantas belezas esse precioso relógio destaco pela linda e fantástica historia. E se há alguns símbolos que nos remontam ao passado, trazendo lembranças que marcaram uma época de conquistas este é sem duvida o RELÓGIO DA MATRIZ DE SÃO JOÃO NEPOMUCENO.

Então não o deixem adiantar muito menos atrasar porque isso pode a saudade atrapalhar!

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

FALANDO TAMBÉM DE POLITICA

Por Thiago Barroso

O tempo passa e tudo sempre é igual, minha paciência com quase todos comentários sobre política aqui se esgotou e esse texto é grande pois será único e último. O pessoal gosta de debochar do tal de "Fidelix" mas ele é um perfeito retrato de muitos eleitores brasileiros, intolerantes, imaturos, presunçosos, e que provavelmente se informam pelos meios de comunicação de massa, historicamente tendenciosos, comprovadamente comprometidos com seus próprios interesses, posam nas vitrines da arrogância como cidadão justo mas não sabe nem de onde vem, ou o que significa tal palavra. Tenho minhas dúvidas dessa justiça pois sei bem o ser humano. Falam sem medo de cometer gafes estrondosas sobre aquilo que não sabem, nunca leram Adam Smith e nem Marx, nem outro qualquer livro de política, economia ou sobre história política, desconhecem com uma ignorância pavorosa a história de seu próprio país, mas canta o hino nacional e chora em véspera de jogo de futebol se dizendo patriota, mas o "disse me disse" da esquina dos jornais de tv, dos grupelhos sociais, das fofocas, são bem vindas ou pouco analisadas. Falta muita, mas muita racionalidade e sobra paixão na política do brasileiro, paixão que o faz ficar cego, tolerando crimes, tendo visão atrapalhada e segue escravo da alienação, da loucura partidária (seja de esquerda ou direita) e da preguiça da cidadania. Vejo um cristianismo falso, servo da arrogância, entrando em um solo minado pisando duro e displicentemente, dando mal testemunho pois poucos arregaçaram as mangas quando o negro foi escravizado e considerado raça inferior, ninguém gritou quando de fato as liberdades individuais eram violadas ou a Constituição desrespeitada, quando inocentes foram presos, poucos repartiram o pão como o seu "Mestre" fez, apenas se preocupam em "vender seu peixe" ou "cada um com seus problemas" ou ainda dizendo no auge da sua frieza supostamente espiritual "essas pessoas fizeram suas escolhas erradas", mas se sentem "defensores de Deus" apenas quando veem um homossexual querendo fazer o que ele fará independente de leis, os desviados defendem "a família", os valores morais, mas poucos foram capazes de questionar sequer o porque da pobreza das favelas ou ser uma resposta para elas. Defendem as vidas contra o aborto, mas mandam matar criminosos que roubam telefones celulares. Não cuidam do órfão, da viúva, desrespeitam os preceitos mais importantes da lei em nome de uma defesa que Deus não pediu para que fizessem dele. Lavam as mãos como Pilatos, e não mostram que são filhos de Deus (Romanos 8), não revelam, revelam apenas alguém que paga dízimo e luta contra homossexuais. Enquanto isso, penso nos verdadeiros cristãos, ou pelo menos naqueles que não se desviaram, como Willian Booth, o grande General do Exército da Salvação que no auge da Revolução industrial, onde os trabalhadores da Inglaterra desperdiçavam suas vidas em péssimas condições de trabalho e de vida, resolveu apontar sua arma contra a pobreza e a fome daquela gente, Booth alimentou tantos quanto pôde e nunca fez um comentário sem saber do que estava falando a respeito da Monarquia ou do Parlamento Inglês, deixou a burguesia inglesa enriquecer a custo do sangue não por preguiça, mas porque estava ocupado em demonstrar as mãos de Deus na terra alimentando famintos, limpando o sangue inocente, abrigando quem não tinha casa, fazendo o que o governo inglês não fez.
Onde estão os debates filosóficos? Onde está a razão? A pesquisa, a necessidade pelo conhecimento, as luzes, ou será que de fato o que deve guiar a humanidade seria a loucura como diria Erasmo de Roterdã? Onde está a verdade de que todo homem é falho, de que não existe político salvador da pátria, ou será que sempre vamos acreditar que vivemos um inferno cuja salvação está nas mãos de poderes republicanos vãos?
Que os cristãos se reúnam em seus grupos para orarem como em Gales, Uganda, Ilhas Hébridas e depois para mostrarem as mãos de Deus, que no momento, claramente estão muito preocupadas teclando na net e talvez ainda não enxergaram o seu vizinho que passa fome, um parente que está drogado, ou seu próprio filho que você ainda hoje não sentou em sua cama e o pediu para dizer como foi seu dia. Sinto falta da militância cristã que tem o respeito dos ateus, homossexuais, médicos, sapateiros, enfermeiros, soldados, católicos, caminhoneiros, muçulmanos, professores, teólogos, espíritas, evangélicos de todas as eras, militância cristã que lembro com saudade, de Madre Tereza, de Martin Luther King Jr., de Neemias, de Estévão, do Irmão André, de Keith Green, de George Mueller, esses sim, onde estiveram fizeram a loucura se calar e pensar que por um breve momento, pensaram que Deus estava na Terra.

Thiago é professor de historia do Pre Universitário e do Grambery
 
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