GALÁCIA

GALÁCIA


José Carlos Barroso



Sempre me encantou a
vida de Paulo, então parti para a Galácia , era minha primeira viagem depois da libertinagem.

Ouvi os capítulos, e no quinto meditei os versículos. caminhei do dezesseis, e cheguei ao vinte e seis.

Peregrinei em Filipo, d
o um ao quatro, mas se a Galácia foi salvação, em Filipo um, encontrei a redenção.

No versículo vinte e um me aprofundei fui a frente ajoelhei no “Viver é Cristo Morrer é lucro”.



quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

CASO VERDADE

A FORÇA DO MEDO E A EXCLUSÃO
José Carlos Barroso.


No Evangelho de Jesus Cristo em Lucas 16.19 a 31, Jesus conta uma história comovente.
Havia um mendigo chamado Lázaro (que significa Deus ajuda) que vivia nas ruas. Ele vivia faminto, e suas pernas estavam cobertas de feridas. Em frente a ele, em uma bela casa, vivia um homem rico que costumava oferecer grandes festas a seus amigos. Lázaro gostaria de comer algumas migalhas que caíam de sua mesa, mas os cães as devoravam. Certo dia, Lázaro morreu e foi para o lugar de paz, no "seio de Abraão". O homem rico também morreu e foi para o "lugar de tormento". Olhando para cima, ele viu Lázaro radiante de paz e exclamou: "Pai Abraão, por favor, mande que Lázaro venha até aqui para colocar um pouco de água em meus lábios, pois estou sofrendo!" Abraão respondeu: "Impossível. Entre você e ele há um abismo que ninguém pode transpor. Ele poderia ter acrescentado:” Assim como houve um abismo entre você e ele durante a sua vida na Terra.”
Essa história do mendigo Lázaro demonstra a verdade nua e crua do mundo atual, a enorme distância entre os que acham que são e, que na verdade nada são, daqueles que verdadeiramente são, para mostrarem aos que não são, como não devem ser. Preferências incontestáveis de Deus, que escolhe os que não são para mostrar aos que são. Mas afinal que abismo é esse que separa essas pessoas? E por que somos incapazes de olhar cara a cara os tantos Lázaros como verdadeiramente são, para que assim possamos escutá-los?
Será, que nossa mesquinhez chega até as raias de temermos, que o nosso coração a partir da história de Lázaro fique sensibilizado a ponto de nos relacionarmos com ele?
Será, que seu grito de fome, seu coração ferido pelos infortúnios e privações, é o que nos afasta?
Quando será, que vamos escutar o bater dos corações dos excluídos e execrados? Quando será, que nossos ouvidos deixarão de ser moucos, ao grito de sofrimento, de um irmão ferido e necessitado?
Será que temos medo, ou será, que é por demais perigoso nos enveredarmos em um relacionamento, com os lázaros do nosso mundo? Será, que se o fizermos, corremos o risco de ter nossa vida modificada?
Será, que achamos, que por nos tornarmos amigo de alguém necessitado, possamos com isto perturbar as coisas? Será, que achamos, que nossos outros amigos podem se sentir pouco à vontade, até mesmo ameaçados diante do nosso novo comportamento? Vocês já pensaram que nossos outros amigos, talvez se sintam desafiados a fazerem o mesmo? Ainda não? Então pensem nisto.
Ou será, que temos medo de que tornem agressivos conosco, criticando o nosso comportamento, julgando-nos tolos, chamando-nos até mesmo de utópicos?
Será, que vamos mesmo serrar fileiras, com aqueles, que agem por medo de sofrer e, excluem da vida social todos aqueles que são diferentes de nós? Será que não enxergamos, que com isso, perdemos a grande oportunidade de ouvir o apelo do necessitado e, de assim transformar o mundo num lugar melhor?
Não quero acreditar, que o medo seja uma força de motivação terrível e temível na nossa vida. Será, que temos medo daqueles que, por infortúnio qualquer se tornaram diferentes? Temos medo do fracasso e da rejeição?
E cada vez, que ouço perguntas como estas, mais me conscientizo, não apenas dos meus próprios medos, mas do medo dos outros. O medo prezado está na raiz de todas as formas de exclusão, assim como a confiança está na raiz de todas as formas de inclusão.
A história da humanidade é uma história de guerra, opressão, escravidão e rejeição. Toda sociedade, em todos os tempos, tem criado suas próprias formas de exclusão.
Há uma lista sem fim daqueles que podemos excluir; cada um de nós pode ter certeza, está na lista de alguém: os desabrigados, os doentes, os que estão morrendo, os jovens, os velhos, os fracos, os deficientes, os estrangeiros, os imigrantes, os portadores de Aids, os alcoólatras, os drogados, ou os presos e os condenados pela justiça.
Tomemos o medo como base, pois ele está no cerne do preconceito e da exclusão. Muitos de nós temos convivido, com homens e mulheres, que foram excluídos da sociedade. Temos visto de perto, como o medo é um grande e terrível motivador das ações humanas.
Todos nós temos medo daqueles que são diferentes, daqueles que desafiam a nossa autoridade, nossas certezas e nossos sistemas de valor. Todos nós temos medo de perder o que é importante para nós, às coisas que nos dão vida, segurança e posição na sociedade. Temos medo da mudança e, desconfio, mais medo ainda do nosso próprio coração.
O medo faz com que coloquemos muitos de nossos irmãos em instituições afastadas, sombrias, fétidas. Ele impede-nos muitas vezes de utilizarmos o que temos no bolso, para pagar uma refeição, ou de podermos compartilhá-la com os lázaros do mundo. É o medo, ironicamente, que nos impede de sermos mais humanos, ou seja, nos impede de crescer e mudar. O medo não quer que nada mude; o medo exige o “status quo”. E é o status quo conduz à morte.
O medo sempre busca um objeto. Se eu me sinto inseguro, quase sempre vou encontrar algum bode expiatório para o meu medo, alguém ou algo, que eu possa transformar no objeto do meu medo e, portanto, da minha raiva. Mas há algumas categorias amplas para os objetos do medo, e creio que vale a pena examinar algumas.
Então, que não tenhamos medo de absorver José, jovem ainda, trabalhador, cumpridor de seus deveres, que ao inicio da constituição de uma família, se viu tomado por um infortúnio, para se ver livre da morte, morte esta decantada em praça publica, por diversas vezes pelo seu propenso algoz, homem violento, sanguinário, dado ao prazer da maldade, a ponto de se dar ao deleite de ver o sangue escorrer de si próprio. Homem, que apregoava morte pelos quatro cantos do pequeno lugarejo dessa Minas tão Gerais. Homem temido, que no auge do destempero se valia da força e de uma faca ou foice, como companheiras inseparáveis, tudo para extravasar sua ira contumaz.
Que não tenhamos medo de absolver José, réu mortificado como pai amado de duas filhinhas em tenra idade, que dele necessitam e por isto têm chorado sua ausência.
Que não tenhamos medo de absolver José, réu já debilitado pelas constantes lágrimas de sua amada esposa, que pela sua ausência se vê fraca, impotente para sozinha vencer o mundo na busca incessante de meios para estar criando suas filhas.
Estejam certos Senhores jurados de que José desde o seu primeiro dia no cárcere já vem enfrentando o poder do Grande Tribunal, mas certo de que conta com O Justo, como seu Advogado, e Juiz.
Então não sejamos os injustos no julgamento dos homens, banindo da sociedade um trabalhador, um pai, um filho, um pequenino já excluído, que um dia se viu fraco pelo álcool e, por isto perdeu o discernimento.
Que excluamos o medo e a ilicitude de José da Silva, que por medo de se ver excluído da vida, defendeu-se da morte.
Este é um clássico caso de legitima defesa, pois usando de meios moderados, revidou injusta agressão.

Um caso verdade em meio a tantas mentiras e deveras este não era um assassino! Ele apenas precisava de DEUS.
E José da Silva teve um grande advogado no Tribunal como está escrito na Biblia em I Jo 2.1 Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um [Advogado] para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.
Caso verdade ocorrido em nossa São João Nepomuceno. José da Silva pagou pelo que fez. Hoje trabalha na roça, vivendo com a mulher e filhos.

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