É tempo de
começar a tapeação!
Por
Jocarlosbarroso
Será mesmo, que estamos diante de uma democracia
plena, onde a figura do povo sobrepuja, fazendo vigorar um regime político
fundamentado nos princípios da soberania popular e, da distribuição eqüitativa de
poder, ou isto tudo é balela?
Será que vivemos mesmo o regime de governo, que se
caracteriza essencialmente pela liberdade do ato eleitoral, onde as divisões de
poderes os tornam independentes em seus poderes de decisão e execução, ou
apenas alguns vivem o regime em toda a sua plenitude, porque a maioria vive de resquícios
da democracia autoritária?
Será que estamos tentando sobreviver às oligarquias
de outrora, onde o governo é de poucas pessoas, ou de uma facção na direção dos
negócios públicos?
Historicamente a política são-joanense se polariza
basicamente em dois grupos, e outros grupos que surgem apenas figuram como
coadjuvantes, ou sendo fiel da balança na vitória, ou na derrota de um dos dois
maiores, que concorrem quase sempre em igualdade de condições.
Pois bem, e é assim que fervilham os bastidores,
cada um procurando nesta fase se sobressair, seja em conchavos, acordos, em
idéias, ou realizações em junção de partidos. É a fase da aglutinação dos
grupos até que se possa legalmente empreender a caçada ao eleitor.
Nesta fase geralmente começam os disse me disse,
iniciam-se as mentiras, começam o jogo das promessas eleitoreiras, onde se
promete tudo, milhões e, mais milhões, são esperados, é a situação irrompendo e,
corrompendo com promessas mirabolantes, para ao final surpreenderem com as
doações pelas madrugadas.
Mas é durante o dia e, principalmente aos fins de
semana, como num passo de mágica fazem surgir, os postos de saúde, as creches,
os asfaltamentos de ruas que ficaram anos entre a lama e a poeira, começam as
reformas nas escolas, tentam de forma destrambelhada maquiar quatro, oito anos,
de seca e mingua, onde se fez mais buracos do que o garimpo de serra pelada,
tempo em que prevaleceu o lixo, a dengue, a falta de medicamentos, tempo de
total abandono e descaso, deixando para traz um rastro de mazelas. Não é isso
que estamos vendo? Inaugurações sem nenhuma estrutura prevalecendo a queima ensurdecedora
de fogos e, o desperdício do dinheiro público.
E olhem que absurdo: agora justificam a falta de
ações publicas na área da saúde pelo abuso do povo, que sofrendo privações faz
valer seus direitos e usa a lei, a Constituição, enquanto querem a todo custo,
jogar a culpa, na Justiça, quando então os advogados são os principais vilões
da historia, dizem que é a justicialização da saúde.
E quanto a eles o que fazem senão não cumprirem as
leis, serem insensíveis as necessidades e, covardes em suas falas enganosas?
Golpe baixo, desculpa pela falta de cumprimento do
dever, e para continuarem a mentir ensaiam um movimento regional em torno desse
absurdo, tentando se safarem de suas obrigações, como se pudesse, assim
facilmente, mudar a Constituição Brasileira, que determina a responsabilidade
pela saúde aos entes governantes a seus níveis.
É blá, blá, blá puro, conversa fiada, é distrair
enganando inocentes que acreditam na fala mansa da incompetência, porque o ano
inteiro foi prepotência.
Mas nós, que vivemos dias e anos sem um “mandamus”
para se conseguir medicamento, ou internações, estranhamos muito.
Eu particularmente espero, desde 2005 o dispositivo
a ser colocado nos postes, com a finalidade precípua de se economizar energia
elétrica, como espero a nova rodoviária e o novo parque de exposições, como
espero a estação cultural e adjacências, como espero, ah espero tanta coisa que
não veio, nem virá!
O povo não deseja estátua, e suas necessidades
aflitivas não são dignas de solução e, é aí que eu me lembro do velho Chico
Anísio em seu quadro cômico do Deputado Justo Veríssimo, que prometia “PAU AO
POVO E NÃO PÃO”.
Outro dia o pré-candidato a prefeito da situação
questionado por uma pessoa em uma de nossas rádios sobre as estátuas, por que
se tem dinheiro para estatuas e não tem para mais nada? Quando então
deslavadamente disse que era verba do ICMS cultural e que vinha só pra isso!
Ora, ora, quanta mentira, deu-me vontade de rir e, foi o que fiz, para não
chorar, porque a mim eles não enganam, pois a lei obriga a aplicação de apenas
50% do recurso em ações culturais. E o resto? Tirem as suas conclusões.
Ah! Minha gente chega, chega de tanta mentira e
embrulhada. O asfalto do bairro Bela Vista que era para ser colocado, quando
assentaram as casas, ficou para depois e, viria sem falta pela promessa do
governador, mas do outro, o senador das neves, que agora virá pela promessa do
governador, que nada prometeu e se prometeu não foi ao povo daquele logradouro,
que pode escolher entre a lama e a poeira.
Será que tem gente ainda que acredita em cegonha?
Ah isso tem, infelizmente tem, e é aí que mora o perigo.
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