É fazer ser aquilo que não é!
Por Jocarlosbarroso
Outro dia ouvindo uma de nossas rádios, e
precisamente um programa de entrevistas, onde um senhor se apresentava como
pré-candidato ao cargo de prefeito nas próximas eleições, acabei por ouvir de
outro as seguintes palavras: continuidade e continuísmo.
Dizia esse senhor que a candidatura daquele outro,
o seu amigo, foi uma escolha democrática, nascida ao consenso de um grupo, não
significando continuísmo e sim continuidade.
Pois bem, foi aí então que pesquisando o léxico
Aurélio resolvi ir mais profundamente ao cerne do significado destas duas
palavras e, exatamente ir ao encontro da intenção subjetiva, quanto à subversão
das palavras. Trata-se de um caso de semântica. Vejamos o que encontrei:
Continuísmo.
Doutrina ou manobra política tendente à perpetuação, no poder, de uma pessoa ou de um grupo.
Doutrina ou manobra política tendente à perpetuação, no poder, de uma pessoa ou de um grupo.
Continuidade
Qualidade ou caráter do que é contínuo. Propriedade que caracteriza uma função contínua.
Qualidade ou caráter do que é contínuo. Propriedade que caracteriza uma função contínua.
E foi aí que entendi que a esse senhor interessava
naquele exato momento subverter o significado das palavras dando as mesmas um
significado subjetivo, mais particular, e de acordo com seus interesses. Na
verdade é o ser, passando a não ser.
Trocando em miúdos tentava ele fazer crer, que as
palavras tinham significados diferentes, que continuísmo não é a mesma coisa
que continuidade.
Na verdade o que propriamente faz a diferença entre
estas palavras, é a palavra política porque acabam no final significando a
mesma coisa.
Assim continuísmo tem característica e significado
específico e, nos remete a política, enquanto continuidade é mais abrangente, e
assim tentou fugir do contexto político, entendendo que poucos entenderiam a
sua proposta e interesse em tentar fazer crer, que significativamente as coisas
se diferem.
Mas por quê? Qual o seu interesse?
Assim meus prezados, entendemos que a esse senhor de
forma astuta, perverter o significado das palavras lhe interessava como deve
lhe interessar trazer a publico uma candidatura de um membro do seu partido e
do mesmo partido dos atuais administradores, sem o estigma do continuísmo e,
que aquela indicação não se tratava de uma manobra política com o fito tendente
a uma perpetuação.
Ledo engano, o estigma político é como marca na
testa, visível, muita das vezes para alguns é sinal infamante, denegridor, que
macula àquele que possui, como no caso.
Interessante é que essas mesmas pessoas que agora
tentam perverter o sentido das palavras, outrora tinham interesse, em divulgar
que o lançamento de um candidato do mesmo grupo político adversário trazia ao
contexto o significado de continuísmo, como sinal na testa, precípuo daqueles,
seus adversários, levando a crerem que tinham interesse de se perpetuarem no
poder.
Porém esquecem as pessoas, que os tempos são
outros, que agora não há bobos e nem submissos a ponto de transformar ilusão em
realidade.
O povo BEM entende
como DIFERE, e os subterfúgios não
passam de mentiras, assim como os enganadores serão simplesmente ENGANADORES E MENTIROSOS.
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