GALÁCIA

GALÁCIA


José Carlos Barroso



Sempre me encantou a
vida de Paulo, então parti para a Galácia , era minha primeira viagem depois da libertinagem.

Ouvi os capítulos, e no quinto meditei os versículos. caminhei do dezesseis, e cheguei ao vinte e seis.

Peregrinei em Filipo, d
o um ao quatro, mas se a Galácia foi salvação, em Filipo um, encontrei a redenção.

No versículo vinte e um me aprofundei fui a frente ajoelhei no “Viver é Cristo Morrer é lucro”.



sexta-feira, 7 de setembro de 2012

UMA TRADIÇÃO QUE SE DEFINHA



Por José Carlos Barroso
Fanfarra do Instituto Barroso em BH
Praça da Assembleia Legislativa



Pra inicio de conversa iniciamos as comemorações de hoje 7 de setembro, com uma tremenda gafe da senhora Prefeita dizendo que a independência tem 120 anos. Ora, ora, pelos meus cálculos a “continha” de subtração esta errada, pois se a independência se deu no ano de 1822 e, se estamos no ano de 2012, assim errou feio a prefeita, errou por cerca de 70 anos, e assim tirou zero nos cálculos.
Bem, mas enquanto eu assistia o desfile cívico militar, retornei ao passando ao passo em que tinha a certeza de que já vi e vivi sete de setembro melhores.
O primeiro macacão de apresentações usado pela Fanfarra do Instituto Barroso

Pois é, e quem já viu como eu vi, se espanta com o que vemos agora, pois vez por outra eu ouvi hoje: Desfile era quando estudávamos no Instituto Barroso, ou, desfile era no tempo do Sô Bi! Como ainda: e a fanfarra do Beto? Num te dá saudade não Zé? Aquele tempo era um espetáculo! Tem ex – aluno que se lembra até hoje como os alunos marchavam como soldados, tudo perfeito cadenciado e harmônico ao som dos bumbos, que comandavam o ritmo do desfile, com entremeios de sons de flauta doce e, liras, que se somavam aos gracejos das moças proporcionando ao publico um bailado das fitas, de beleza inconfundível, sob os olhares fixos de todos, enquanto acontecia paralelamente os exercícios das ginastas, que se contorciam, aumentando a riqueza daquele conjunto, e, olhem que faziam tudo por gosto mesmo.
Eu me lembro também dos famosos treinos de marcha no campo do Botafogo, que talvez fossem penosos, mas no dia do desfile era um orgulho só, como me lembro das noites e, madrugadas, quando ficávamos ouvindo discos e, retirando batidas, ou toques de corneta, diferentes para cada apresentação futura.
As aberturas das exposições de Leopoldina, de Ubá, as viagens a Descoberto e Rochedo como o dia emblemático em Santana do Deserto, esse dia ficou conhecido como o dia do leite! E a viagem a Belo Horizonte, um dia de vitória, lembro-me bem.   
Mas voltando aos tempos de hoje, notei com essa lembrança que nem mesmo o Tiro de Guerra se apresenta como antes.
Quanto às escolas então, elas literalmente “andam”, é um passeio sem sentido, despretensioso e, sem graça, sem garbo algum, onde é nítida a falta do interesse público, verdadeiramente falta patriotismo, me desculpem, mas é como eu vejo, porque não era assim.
Mas o que será que está acontecendo com a tradição desta cidade, já que é perceptível que está aos poucos se definhando e, mesmo assim, embora em menor número o povo comparece talvez esperando algo novo, diferente, mas nada!
Então não nos restava mais nada e, assim saímos depressa daquele lugar, abraçado pela saudade e, sufocado pela tristeza, certo de que em nossa mente essa tragédia grega, seria capaz de infundir espanto e piedade, decididamente ela não iria se esvair.
Mais uma vez restou-me a cena de um grupo de jovens sofrendo busca da policia militar por terem anunciado uma nova briga de gangues.
Assim a tradição vai se definhando até a morte e nós ficamos cada vez mais reféns da balburdia e destempero de uma crise social.

Um comentário:

  1. Amigo Zé Carlos,
    Aproveito esta postagem para fazer uma referencia toda especial a esta Magnífica Fanfarra na qual, tive a honra e o prazer de poder participar por cinco anos.
    Quanto orgulho em vestir aquele macacão! Hoje posso dizer em alto e bom som, que fiz parte de uma verdadeira Banda.
    Ao nosso professor e maestro Beto Vampiro... Brigadão por tudo!

    ResponderExcluir