Por Jocarlosbarroso
Domingo,
dia 12 de fevereiro, o são-joanense receberá mais um “presente”: uma estátua do
jogador HELENO DE FREITAS, só que de
cabeça baixa, como se tivesse vergonha de algo, que está acontecendo, sim um
fato estranho, pois Heleno era o craque galã, jogava sempre de cabeça erguida.
Pois
bem, em que pese a importância da homenagem, e o que representa a memória de
Heleno para todos nós seus conterrâneos, como também para tantos botafoguenses
espalhados por esse Brasil à distinção recente nos parece mais um exercício de
ostentação, ação ostensiva, e exagerada, executada por alguns em praça pública,
para uma cidade tão carente, e de um povo tão subserviente, e pacato.
Sim,
a carência está na saúde, no fornecimento de remédios, carência na cultura, na
ação social, na atenção à infra-estrutura, e até ao básico, porque o dinheiro
público é empregado somente em ações de vangloria, e principalmente em época eleitoral
onde triunfa o assistencialismo eleitoreiro, com fito especifico de ter, e
exercer o poder, para depois tudo acabar em buracos, mato, e lixo, até as
vésperas de outra eleição.
Mas
vocês devem estar pensando, que naturalmente eu sou contra a homenagem!
Bem,
de maneira alguma, contrario não sou, mais penso que as constantes homenagens
possam levar a banalização desse importante vulto do esporte, pela saturação, em
razão da massificação que se apresenta em torno do mesmo.
Heleno
por aqui é nome de rua, de uma Praça de Esportes (Benetti), conterrâneo que
recebeu três homenagens em praça publica (Praça Barão do Rio Branco), foi homenageado
como enredo de uma escola de samba (ESACA), lançamento de um arquivo de fotos
sobre a vida de Heleno (Fundação Cultural ano de 2002), com cerca de seiscentas
fotos, uma homenagem como tema da decoração de rua durante um de nossos carnavais,
edição de um jornal histórico, e um especial e, homenageado, com o lançamento
de um livro sobre a sua vida, com uma disputa entre Mangueira e Botafogo FR do
Rio de Janeiro, e outras homenagens mais.
Mas,
voltando ao assunto especifico da estátua não fiquem espantados com esse presentinho,
pois ventila-se por aí que a grande obra, e isto nós não negamos, margeou a
quantia R$200.000,00 (duzentos mil reais) de custo. Agora me digam, é ou não é
uma obra de ostentação, de exibicionismo puro?
E
meus caros são tantas homenagens, que até um radialista se confundiu em
programa que apresenta em uma de nossas rádios, e em momento de outra homenagem
sobre a vida do craque galã, ao dizer que a Praça onde foi erigida a estátua é
a Praça Heleno de Freitas. Ora é a Praça Barão do Rio Branco.
Pois
é, e vale lembrar, que o povo ainda espera pelas mudanças que não vieram como,
por exemplo, a nova rodoviária, o novo parque de exposições, o dispositivo que
iriam colocar nos postes para economizar energia elétrica, e outras coisas
mais, que não aconteceram em nome do maior calote
político dado em nossa cidade, por um grupo cuja chefa mente
deslavadamente, afrontando a inteligência e, a paciência de todos nós.
E
olhem que sou botafoguense, estudioso da história de nossa cidade, responsável
que fui por algumas das tantas homenagens ao craque, só que não exerci em uma
só vez e nem exerceram comigo, esse exibicionismo, que violenta o povo, e revolta a quem precisa de
muito mais do que uma estátua de dois metros de altura.
É o pão e circo de outrora!
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