Por
José Carlos Barroso
P
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ois bem e, não é que
é isso mesmo! Acreditamos tanto, sonhamos mais ainda, e acabamos por ver o
triunfo das nulidades.
Ao longo da vida é
comum que passemos a viver decepções de quando em vez, e a cada uma delas
vivida, o mundo nos parece desabar, quando aqueles que são dados a inércia se
unem aos que não menos se dão aos mexericos, e acabam formando uma sensacional
dupla do incômodo.
Ao primeiro que se
consagra por ficar em repouso, mesmo que forças sejam exercidas sobre ele, lhe
sobrevém o flerte, a admiração, aos sediciosos, que se sobressaem pela
virilidade de tornar viva mesmo que seja uma pequena ação de maldade. É assim
que se completam.
Então esses senhores
ou senhoras poderiam receber como reconhecimento pelas façanhas perversas os
epítetos nominais de inertes e mexeriqueiros sem problema algum e, isso lhes é
pouco, pouquíssimo mesmo.
Tudo teve seu começo,
quando pensamos que o urubu estava a roncar agonizante em seu ninho em razão da
supressão de suas asas. Assim foi que pelo amor a causa e, diante da premente necessidade,
resolvemos colocar asas no urubu para que ele pudesse voar novamente. Foi aí
que o urubu novamente voou, e voou tanto que bicou nossos olhos.
Mas
a vida se não nos fez cético, nos fez confiante de que viveremos para assistir
o nosso triunfo diante das nulidades, certos cada vez mais de que a decepção nos dói
imensamente porque nunca vem do inimigo.
E quantos urubus eu asas colocarei? Muitos, pois eu não sei ser um covarde e, mal agradecido como eles!
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