Primeiramente,
quero agradecer a “DEUS PAI”, “DEUS FILHO” e “DEUS ESPÍRITO SANTO”, sobre todas
as coisas, por estarmos aqui reunidos em Paz, Harmonia, Concórdia, tríplice
argamassa que certamente conduzirão esse nosso Primeiro Encontro da Turma de
Formandos da 8ª Série de 1.976 do Instituto Barroso.
Quero
agradecer à minha Querida Esposa Cida e minha Amada Filha Cláudia, que sempre
estão ao meu lado em tudo aquilo que me proponho a executar, aconselhando-me,
às vezes, trazendo-me à razão, apoiando-me, enfim, comigo, lado a lado. Sem
vocês minha vida não teria nenhum sentido!
Queridos
Professores, nossos grandes benfeitoras, que durante toda nossa caminha estudantil,
tanto nos ajudaram, com palavras amigas, carinhosas e sábias.
Querido
Fabinho, amigo sincero e leal, sábio, inteligente. Ah! Se você pudesse me
responder, sinceramente eu gostaria de lhe perguntar: Como é se sentir o
primeiro portador de necessidades especiais “incluído” aqui em São João?
Por fim, aos
meus Queridos Amigos e mui Dignos Familiares! A todos vocês que nos brindam
nesse momento com suas ilustres presenças, os meus mais ardentes e sinceros agradecimentos.
Formamos
uma Comissão de abnegados colegas dispostos a empunharem essa bandeira de luta e
a conduzirmos às últimas conseqüências, qual seja, a realização deste tão
sonhado Primeiro Encontro, após longos 37 anos de formados.
Pessoas
como “VOCÊS, nos alimentam de entusiasmo e energia para prosseguirmos nossa
caminhada, apesar de pesada, apesar dos nossos afazeres cotidianos, isso tudo
se torna “pequeno” por que existem pessoas como vocês.
Gostaria
nesse momento especial, de dirigir-me à família “Barroso Silva”.
Por várias
vezes nós, ex-alunos do meu, do seu, do nosso inesquecível e querido Instituto
Barroso nos encontrávamos e sempre imaginávamos uma forma de organizarmos um
“Encontro” daquela “nossa turma de 1.976”, a “Turma do Salão Nobre”, que tantas
saudades deixaram, principalmente para reverenciarmos alguém que pontuou “marcas
profundas em nossos corações.
Em nossas idas
e vindas do dia-a-dia, em nossos tropeços pela vida afora, em nossos momentos
de alegrias e dificuldades, de perdas irreparáveis, enfim, em tudo que fazemos
ou passamos sempre vem à mente a lembrança de alguém que muito representou e
representa até hoje para todos nós em nossas vidas.
Amigo de todos,
amigo dos são-joanenses, amigo dos mais carentes, daqueles que tiveram a honra
e o privilégio de conhecê-lo e, de certa forma, usufruir do seu imenso carinho,
de sua prestimosa atenção, principalmente nos momentos de dificuldades e de
desilusões.
Falo meu
amigo, nesse momento, de seu querido “Pai”. Conheci o “Sô Bí”, ainda menino,
contava com mais ou menos onze anos, mas, ali, naquela Respeitada Instituição
de Ensino, comecei a dar meus primeiros passos para a vida, conduzido por
aquelas mãos bondosas e por muitas vezes e com razão, também bastante enérgicas.
Desde então, apesar
de menino, mantivemos uma relação de amizade verdadeira, sincera, calcada na lealdade
e no respeito mútuo. Às vezes, confesso-lhes, eu desmoralizava bastante. Levava
umas “Cartinhas de Suspensão para Casa”, uns “Puxões de Orelha”. Nada de Mal,
nada de ressentimentos! Coisas de criança! “Sô Bí” era um homem simples, mas,
sobretudo com uma visão aquilina da realidade. Uma pessoa afável, elegante e
extremamente educada. Mas, todavia, era intransigente, sobretudo na defesa
daquilo que considerava justo e legal.
Em toda sua
vida, pelo esforço pessoal, soube, com galhardia, vencer todos os percalços
para se impor como um cidadão decente, respeitado até por aqueles que não
compartilhavam de suas idéias. Era considerado um bom adversário, daqueles que
dignifica uma boa demanda, mas que nunca deve ser tratado como inimigo.
Sua
competência, sua inteligência inigualável, sua lealdade e seu espírito de
solidariedade, e, acima de tudo, sua simplicidade, o fizeram conquistar o
respeito e a admiração de todos os seus alunos, professores e funcionários da
instituição que tão bem comandava. Amigo do Fabinho, reciprocidade de amor
inigualável, praticamente o “Pioneiro” em São João Nepomuceno, quando falamos
em “Inclusão Social”. Lá atrás, quando os governantes ainda não tinham essa
visão, lá estava o Fabinho no Ginásio se sentido “gente”, se sentindo “importante”,
incluído no meio social.
Viver com
simplicidade é uma opção que se faz!
O simples é
aquele que não simula ser o que não é, que não dá demasiada importância a sua
imagem, ao que os outros dizem ou pensam dele.
A pessoa
simples não calcula os resultados de cada gesto, não tem artimanhas e nem
segundas intenções. Ela experimenta a alegria de ser, apenas.
A simplicidade
não ignora, apenas aprende a valorizar o essencial.
Tudo isso
compuseram a “simplicidade” do seu “existir”.
“Sô
BÍ” era um homem transparente. Tudo nele era claro, sempre à vista de todos.
Sentimento, reação, o que pensava e o que ia dizer.
Gostaria de nesse
momento de “confraternização” que estamos vivenciando lembrar um pouco de seu
querido e já saudoso pai, com grande carinho e emoção, dizendo-lhe do fundo do
meu coração essas poucas palavras, coisa que pessoalmente, confesso-lhes, nunca
ter tido coragem de dizer-lhes, apesar de nossas grandes e sinceras amizades. Reporto-me
às palavras de um grande amigo, no momento quando se despedia de seu irmão na
sua última morada, nos proporcionando uma grande lição de fé e otimismo: “Não se entristeçam! Ele continua entre
nós, apenas não podemos vê-lo, mas ele poderá nos ver, e o mais importante, nos
orientar, e, aí sim, vamos ter plena certeza de que, na essência do seu saudoso
espírito, DEUS se manifestará com o consolo. Sua passagem terrena deixou para
nós, todo um legado de competência, honestidade, trabalho, dedicação,
inteligência e acima de tudo, amor à educação, ao próximo e á família.”
A Ele, meu querido
“SÔ BI”, um carinhoso beijo, um fraternal abraço e o sincero reconhecimento de todos
os seus alunos da “TURMA DO SALÃO NOBRE”, e por que não dizer, de todos aqueles
que sentiram o seu puro e verdadeiro amor ao próximo, tendo a subida honra, o
prazer e o privilégio de desfrutar do seu carinho e da sua amizade, quando não
havia mais luz no fim do túnel, nos momentos mais difíceis de suas vidas, e,
com toda certeza, puderam saborear o líquido precioso contido no cálice de sua
imensa bondade.
“Durante toda a minha vida, muitas pessoas
passaram por mim, dia após dia.
Mas, somente algumas dessas pessoas ficarão
para sempre em meu coração, às vezes, por haverem dito uma única palavra de
conforto quando eu precisei; às vezes por ter me dado muito de sua atenção, por
ter me ouvido, quando falei das minhas angústias, meus medos, minhas vitórias e
derrotas. Contudo, isso é ser amigo: é ouvir, é confiar, é amar. E amigos de
verdade, não escapam. Sempre vão estar presos de alguma forma em você, sejam
por lembranças, ocasiões; Assim como indestrutíveis são as pegadas da alma. Por
ter sido tudo isso, por ter sido um ser humano maravilhoso, por ter sido, “UBI
BARROSO SILVA”.
Que saudade do
Senhor querido amigo! Saudade do seu sorriso, das suas brincadeiras, de seus abraços
apertados, das suas gargalhadas, dos seus arrochos nos dias de provas, os
sapatos vulcabrás que deveriam estar engraxados, o uniforme impecável, todo o
colégio ensaiando para os desfiles, perfilado na rua, sem que ninguém pudesse
sair do alinhamento, enfim! Saudade que levo no coração, com tanto afeto,
guardando lembranças de uma amizade especial, pelo amigo que nem o tempo, nem a
doença, nem a morte levando-o tão prematuramente, me fez esquecer. Não, nada
disso! Nada conseguirá apagar de minha mente, de meu coração, da minha vida, as
ótimas recordações que guardo de ti.
As coisas
sempre ficam para trás, mais cedo ou mais tarde.
Mas há
tesouros imateriais que jamais se esgotam.
As amizades
genuínas, um amor cultivado, a serenidade e a paz de espírito que ele sempre
nos transmitiu são alguns deles.
Foi-se um
homem de têmpera, um amigo leal, um marido, um pai, um professor invejável e um
Amigo retilíneo.
Ficou o legado
de retidão, de caráter, de honestidade, de competência, de amor ao próximo, de
amor à família, de amor aos seus alunos, aos seus professores, aos seus
auxiliares, ao Fabinho, seu grande amigo e fiel escudeiro, o exemplo de uma
vida vivida com simplicidade, na simplicidade de uma vida simples.
Que Deus, no
triunfal e solene momento da ressurreição, o acolha no redil dos salvos, na
gloriosa Canaã Celestial.
Com um
Fraternal Abraço!
Luís Cláudio
Knop.
OBRIGADO LUIS CLAUDIO, VOCÊ COMO SEMPRE CORTEZ E AMIGO. É POR ISSO QUE EU LHE DISSE - CREIO QUE POR DUAS VEZES NO DIA DO ENCONTRO, SOBRE A IMPORTÂNCIA DA ALEGRIA QUE VOCÊS ME PROPORCIONARAM. QUE DEUS ABENÇOE VOCÊ MEU "AMIGO" E A TODA A SUA FAMÍLIA E A TODA COMISSÃO ORGANIZADORA DESSE ENCONTRO!
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